Governo vai complementar renda de quem vive em extrema pobreza

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Medida vai tirar da miséria 2,5 milhões de brasileiros

 
A presidente Dilma Rousseff anuncia nesta terça-feira o que o governo vem chamando de “o fim da miséria', com a inclusão dos ultimos 2,5 milhões de brasileiros beneficiários pelo Bolsa Família que ainda se encontravam na linha da pobreza extrema, em um plano de complementação da renda repassada mensalmente. As famílias cuja renda do trabalho mais a verba do Bolsa Família somem menos de R$ 70 por pessoa/mês - quem vive com menos está na miséria, segundo corte estabelecido pelo governo - vão receber o complemento para que alcance este valor.

Com isso, o governo afirma que terá tirado um total de 22 milhões de pessoas da miséria. No entanto, o próprio Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome estima que ainda restam 700 mil famílias “invisíveis”, que ainda não foram encontradas pelo governo para passarem a receber a ajuda social.

A partir de 18 de março, todos os que recebem o Bolsa Família receberão verba suficiente para que fiquem acima do limite de R$ 70 por pessoa. A complementação de renda para esses 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família vai custar R$ 773 milhões apenas este ano. O valor gasto com o Bolsa Família tem aumentado no governo Dilma. Em 2010, último ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, R$ 14 bilhões foram destinados ao programa. A previsão para este ano é de R$ 23 bilhões.

- O Bolsa Família se tornou a grande porta de entrada para a população pobre – afirmou a ministra do Desevolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campello, lembrando que o grande “gênio” que criou o programa foi o ex-presidente Lula.

A ministra explicou que o pagamento do benefício vai variar de acordo com a “severidade” da pobreza. Até agorta, o fato de a pessoa receber o Bolsa Família não era garantia de que ela estava livre da miséria. A ampliação do programa anunciada nesta terça-feira foi criada para resolver o problema e atender “aos mais pobres entre os pobres”.

O plano de superação da extrema pobreza faz parte do programa Brasil Sem Miséria, e o Bolsa Família é uma das estratégias do programa. Segundo o governo, o desafio continua sendo identificar e incluir nos programas sociais brasileiros pobres e miseráveis “invisíveis” que ainda não constam no cadastro usado para o pagamento dos benefícios. Lançado em junho de 2011, o Brasil sem Miséria já localizou, de acordo com o Desenvolvimento Social, 791 mil famílias, que se enquadram no perfil de quem carece da ajuda social da governo.



Veículo: O Globo - RJ



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