Vendas em Minas têm queda de 0,4%, diz IBGE

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Desempenho do Estado registrado em maio foi o oitavo pior do país.

As vendas do varejo em Minas Gerais registraram queda de 0,4% em maio na comparação com abril, na série com ajuste sazonal, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mais uma vez ficou abaixo da média nacional, que apresentou estabilidade, na mesma base de comparação. O resultado do Estado foi o oitavo pior entre as 27 unidades da Federação, sendo que 12 delas apresentaram números negativos.

Ainda assim, nos demais tipos de confrontos, o desempenho de Minas Gerais foi positivo, embora todos inferiores aos do Brasil. Na comparação mensal, a comercialização no Estado foi 2% maior, enquanto a média do país chegou a 4,5%. No acumulado do ano até o quinto mês, os crescimentos foram de 0,5% e 3,3%, respectivamente. Já nos últimos 12 meses, foram observadas expansões de 3,7% em Minas e 6,1% no Brasil.


Sem surpresa - De acordo com o analista do IBGE em Minas, Antônio Braz de Oliveira e Silva, o cenário de retração já vem sendo observado no Estado há algum tempo e, por isso, o resultado não surpreende. No entanto, ele lembra que a continuidade do ritmo lento na maioria dos segmentos confirma a tendência de um desempenho mais acanhado no comércio não só em âmbito estadual, mas também no nacional.

"Os resultados começam a cair também no Brasil. Isso mostra que ao fim deste exercício, o comércio, que nos últimos anos vinha garantindo o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e agindo como mola propulsora da economia, em 2013 não vai ter este papel", alerta o analista.

Segundo Silva, a desaceleração e até a queda nas vendas do comércio varejista têm ocorrido em função da diminuição da renda, da disponibilidade de crédito, do nível de endividamento da população e até mesmo das perspectivas das pessoas quanto ao futuro da economia nacional. "Com a inflação batendo à porta em alguns segmentos, como o de alimentação, muita gente já começou a segurar os gastos", observa.

No índice mensal, apenas três setores apresentaram variação negativa no comércio varejista mineiro. Foram eles: tecidos, vestuário e calçados (-8,3%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-2%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%). Ainda na análise mensal, os destaques positivos vieram dos setores de móveis e eletrodomésticos (12,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,5%) e combustíveis e lubrificantes (7,8%).

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2013, os piores resultados vieram das categorias equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-13,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,6%). Na outra pontas, as maiores contribuições positivas vieram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,7%), móveis e eletrodomésticos (8,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,4%).

Já nos últimos 12 meses, quando a atividade no Estado registrou aumento de 3,7%, as principais contribuições também vieram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,8%) e móveis e eletrodomésticos (14,6%).á

No que se refere ao comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção, os resultados foram todos positivos no Estado e no país. Em maio deste ano, a alta foi de 1,7% em Minas Gerais e de 4,4% no Brasil na comparação com igual mês de 2012. De janeiros a maio, as altas foram de 2,6% e 5%, respectivamente. Já nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 4,6% no Estado e de 7,6% na média nacional.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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