Dados iniciais sobre o desempenho do varejo de alimentos e do atacado em junho mostram que as lojas desses segmentos sentiram menos os efeitos negativos nas vendas do que outras áreas do comércio.
Isso ocorre, em parte porque a venda nos supermercados e hipermercados cresce nos finais de semana, em taxas acima de outros segmentos do comércio, e em junho de 2012 o país teve cinco finais de semana. Além disso, no caso do atacado, as redes acabaram sendo favorecidas pelas maiores pressões inflacionárias. Isso porque, quando a renda familiar é corroída por reajustes, os consumidores tendem a ampliar as compras em canais como o atacado, que vendem volumes com descontos.
Ainda há outra questão que pesa favoravelmente. A alta do dólar não afeta de forma considerável os custos das redes, assim como o preço das mercadorias nos supermercados. Apesar do aumento de marcas importadas à venda nas lojas, o volume de itens estrangeiros nas prateleiras é de cerca de 3% do total, informa a Associação Brasileira de Supermercados. "Junho foi bem melhor do que maio e superou junho de 2012", disse o vice-presidente de uma grande varejista de alimentos. (AM)
Veículo: Valor Econômico