Resultado do varejo volta a crescer em Minas

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Vendas do setor avançaram 1% em julho frente a junho.

Depois de apresentar queda de 2,6% em junho, a comercialização do varejo em Minas Gerais voltou a crescer em julho. As vendas do setor avançaram 1% em julho frente ao mesmo mês do ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, o resultado do Estado ficou bem abaixo da média nacional, que registrou alta de 6% na mesma base de comparação.

O desempenho do comércio varejista em Minas Gerais no sétimo mês deste ano foi superior a apenas ao do Acre, que ficou negativo em 1,7% frente ao sétimo mês de 2012. Das 25 Unidades da Federação restantes, os destaques positivos ficaram por conta do Mato Grosso do Sul (15,7%), Paraíba (13,8%), Rondônia (10,9%) e Rio Grande do Norte (10,9%).

Quando avaliado o desempenho do setor no acumulado de janeiro a julho deste exercício, houve estabilidade no nível de comercialização em Minas (0,1%), enquanto em âmbito nacional observou-se um crescimento de 3,5%. Já no que se refere aos últimos 12 meses, as altas do índice foram de 2,1% no Estado e de 5,4% no país.

Na análise mensal, dos oito segmentos avaliados, cinco registraram acréscimo nas vendas no Estado. O melhor resultado foi observado em "outros artigos de uso pessoal e doméstico", que contabilizaram alta de 9,8% em julho deste ano contra o mesmo período de 2012.

Também apresentaram resultados positivos neste tipo de comparação os grupos de móveis e eletrodomésticos (9,1%); combustíveis e lubrificantes (6,7%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,7%).

Já os resultados negativos na comparação mensal foram observados junto aos setores de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-25,5%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3%); e tecidos, vestuário e calçados (-2,8%).

Ainda assim, na avaliação do economista da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), Juan Moreno de Deus, os resultados de Minas Gerais no mês podem ser considerados satisfatórios. Isso porque, segundo ele, os índices já indicam alguma recuperação do ritmo de vendas do comércio varejista.

"Julho é apenas o primeiro mês do segundo semestre e já foi possível observar recuperação. Deste modo, a expectativa é de que o cenário se mantenha positivo daqui para frente, principalmente, pela força das datas comemorativas que existem na segunda metade do ano", justifica.

Quando levadas em consideração as vendas efetuadas no acumulado dos sete primeiros meses de 2013, a análise setorial apresentou cinco categorias com resultados positivos e três com retração. Os crescimentos foram observados nas seguintes categorias: outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,56%); móveis e eletrodomésticos (8,3%); e combustíveis e lubrificantes (4,3%).

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou a queda mais expressiva no período de janeiro a julho deste ano frente a igual intervalo do ano anterior, neste caso de 15%. Logo em seguida apareceram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,9%); e tecidos, vestuário e calçados (-0,2%).

Varejo ampliado - No diagnóstico do comércio varejista ampliado, que conta com todos os setores pesquisados incluindo veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção, os resultados foram todos positivos no Estado e sempre abaixo da média nacional, exceto na comparação mensal. Em julho, houve recuo de 1,1% em Minas Gerais e alta de 3,7% no Brasil.

Já no acumulado do ano, os aumentos foram de 1,1% e 3,7%, respectivamente, enquanto que nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 3,1% no Estado e de 5,8% na média brasileira.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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