Sharp busca US$ 1,7 bilhão na bolsa

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A Sharp vai captar até 166,4 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão) em recursos por meio de uma oferta de ações e acertar parcerias com fabricantes japoneses de produtos eletrônicos como instrumentos para voltar ao lucro após dois anos de perdas multibilionárias.

O grupo sediado em Osaka já está revendo as projeções de resultados, cortando a um prejuízo 10 bilhões de ienes no semestre que se encerra em 30 de setembro, ante os 20 bilhões de ienes de perdas projetadas em maio.

Essas novidades deixam mais esperançosos os acionistas da companhia japonesa, que tem levado a pior na briga com os concorrentes da Coreia do Sul e de Taiwan no segmento de televisores, que representam a maior parte do faturamento da marca.

A companhia centenária, que começou fabricando lapiseiras, é a mais problemática entre os grandes grupos de produtos de consumo do Japão. A Sharp teve prejuízo recorde de 545 bilhões de ienes no exercício encerrado em março, e chegou a admitir, ano passado, que tinha "dúvida material" sobre a capacidade de continuar operando.

A Sharp vai oferecer 450 milhões de ações para captar até 148,9 bilhões de ienes, informou a companhia na terça-feira após uma reunião de seu conselho de administração. Alguns dos maiores grupos industriais do Japão vão injetar 17,5 bilhões de ienes em capital, entre eles, a Denso, fabricante de autopeças, a Makita, fabricante de ferramentas, e a Lixil, que faz artigos de construção e reparos domésticos, que ficarão com pequenas participações na Sharp.

No último ano fiscal, a Sharp também recebeu aportes de capital da Qualcomm e as Samsung Electronics, como parte das tentativas de reforçar o balanço.

Em dezembro, a Qualcomm, grupo de tecnologia dos Estados Unidos que fabrica microchips para smartphones, decidiu investir até 9,9 bilhões de ienes na Sharp. E em março, a Samsung assumiu participação de 3% na companhia ao investir 10,4 bilhões de ienes.

Já um esperado aporte, de 67 bilhões de ienes por parte de Terry Gou, bilionário fundador da Hon Hai Precision Industry, de Taiwan, não aconteceu.

A Sharp e a Hon Hai operam uma subsidiária em conjunto, a Sharp Display Products Corporation, que fabrica telas de cristal líquido. Cada uma detém participação igual, de cerca de 38%.




Veículo: Valor Econômico


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