A mudança abrupta de regras surpreendeu entidades representativas do setor importador. "A medida foi muito repentina. Várias máquinas estão presas no porto de origem, com embarque suspenso", diz Thomas Lee, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei), entidade com cerca de 80 associadas.
Um dos temores da Abimei é que a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) não consiga dar conta da demanda por LIs. "Comenta-se que hoje uma LI demora 30 dias para sair. Imagina agora que a abrangência aumentará dez vezes", comenta Lee.
Na Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abeim), a preocupação maior é quanto à coleção de inverno de 2009. "Estamos às vésperas da entrada dessa coleção e as medidas certamente atrasarão as importações", diz Sylvio Mandel, presidente da associação, que representa o grande varejo têxtil.
Segundo Mandel, boa parte dos produtos importados pelo varejo têxtil já demandava LIs, mas as novas regras atingem itens antes não contemplados, como roupas para bebês, cachecóis e alguns tipos de casacos. "O problema é que agora 100% das mercadorias importadas estão retidas no porto por estarem consolidadas com itens que foram incluídos na nova regulamentação", diz ele.
Veículo: Gazeta Mercantil