Preços de produtos básicos tem alta de 1,44% em janeiro, diz BC

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Os preços dos produtos básicos que mais afetam a inflação no Brasil subiram em janeiro pelo terceiro mês seguido, de acordo com o Banco Central. A inflação do segmento de commodities medida pelo Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) ficou em 1,44% no mês passado na comparação com dezembro de 2013. No mês anterior, houve alta de 2,49%. Em novembro, elevação de 2,73%. O índice passou de 141,69 pontos em dezembro para 143,73 pontos em janeiro. Nos últimos três meses, a alta foi de 6,82%. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 6,11%. Em termos de comparação, o BC registra que o indicador internacional CRB subiu 1,08% na comparação mensal, 7,67% na trimestral e 10,29% em 12 meses.

No mês passado, houve alta de preços no segmento agropecuário. Itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco, entre outros, subiram 1,93% ante dezembro. Em 12 meses, a alta foi de 4,10%. O preço de metais, entre eles alumínio e minério de ferro, tiveram aumento de 0,73% no mês e de 5,04% em 12 meses. O grupo energia registrou estabilidade de preços na comparação mensal e alta de 16,51% em 12 meses. Nesse segmento, estão incluídos preços de petróleo, gás natural e carvão.

Percepção

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,71% em janeiro, ante alta de 0,56% em dezembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é usado para medir o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula alta de 4,70% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 de janeiro permaneceu abaixo da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,99%.

A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 também se posicionou em patamar inferior, aos 4,70%. Em igual período, o IPC-Br subiu 5,61%. Apesar disso, grupos como alimentação e despesas diversas no IPC-C1 ficaram pressionados acima do índice geral, com taxas de 6,49% e 8,43%, respectivamente.

Em janeiro, a aceleração ocorreu em cinco das oito classes de despesa pesquisadas. Os destaques foram Despesas Diversas (0,48% para 3,80%); Educação, Leitura e Recreação (0,45% para 2,99%), influenciados por cigarros (0,68% para 6,59%) e cursos formais (0,00% para 9,29%).

Além disso, a Alimentação registrou pequeno avanço, de 0,71% para 0,80% na passagem para janeiro, influenciada por uma queda menor em laticínios (-4,14% para -3,13%), item de peso no orçamento das famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

Itens como cebola e cenoura também tiveram forte aceleração. A cebola subiu 28,90% em janeiro, depois de alta de 16,58% em dezembro. Já a cenoura avançou 39,42%, depois de alta de 13,19% no último mês de 2013.



Veículo: DCI


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