Vendas caem na maioria dos segmentos em SP

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Recuo do comércio em março no Estado foi de 3,9% sobre 2013, o primeiro em 12 meses

O comércio paulista registrou, em março, sua primeira queda de vendas em 12 meses, com um recuo de 3,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento da federação do comércio paulista (FecomercioSP).

O número reduzido de dias úteis, pelo fato de o Carnaval ter sido em março, explica parte da queda para um faturamento de R$ 39,4 bilhões, mas não justifica totalmente o resultado, segundo Altamiro Carvalho, economista da Fecomercio.

O principal elemento contrário, segundo ele, foi a inflação concentrada em itens essenciais como alimentação, habitação, saúde e beleza: "Isso comprimiu o orçamento das famílias. Inflação alta significa alerta vermelho para a administração do orçamento doméstico".

"A confiança do consumidor cai em razão das notícias negativas e as pessoas tendem a se proteger, eliminando gastos planejados ou que podem ser postergados."

ANO PREOCUPANTE

Outro fator que surpreende na queda, segundo o economista da Fecomercio, é a fraca base de comparação de março de 2013, que já havia registrado uma variação negativa de 2,5% na comparação com o ano anterior.

"O que preocupa é que, a partir de abril do ano passado, começamos uma série de meses consecutivos de crescimento, ou seja, a base comparativa se torna mais forte."

Para o economista, é possível que o comércio registre retração em 2014, de acordo com a evolução da inflação durante este ano.

"A generalização das quedas foi uma surpresa. Tivemos redução em praticamente todos os segmentos pesquisados, o que torna o resultado ainda mais preocupante", afirma o economista.

Tanto setores dependentes de renda quanto de crédito foram atingidos.

O faturamento das lojas de departamentos foi o que proporcionalmente mais sofreu no período, com recuo de 29,7%, conforme o estudo, seguido pelas vendas de concessionárias de veículos (-15,7%).

Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-7,2%) e supermercados (-2,8%) também foram impactados.

Um dos segmentos que apresentaram alta foi o de lojas de material de construção, que elevaram a receita em 1,5%, de acordo com a Fecomercio.



Veículo: Folha de S. Paulo


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