Alimentação puxa para baixo IPC em junho, diz FGV

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A principal contribuição para a desaceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo alimentação. Na passagem de maio para junho, o IPC desacelerou de 0,68% para 0,34%. No mesmo período, alimentação saiu de 0,81% para 0,03%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legume (de 1,26% para -8,76%).

Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras quatro classes de despesas. O grupo habitação passou de variação de 0,72%, em maio, para 0,45%, em junho, influenciado pelo item tarifa de eletricidade residencial (de 3 20% para 0,26%). O grupo saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,57% em junho, ante 1,16%, em maio, com destaque para medicamentos em geral (de 2,05% para 0,19%). Transportes, por sua vez, desacelerou de 0,45% para 0,20% no período, com contribuição do item etanol (de 0,54% para -2,31%). Já o grupo comunicação subiu 0,15% em junho depois de avançar 0,20% no mês passado, com contribuição do item tarifa de telefone residencial (0,50% para -0,07%).

Por outro lado, três classes de despesas apresentaram acréscimo nas taxas de variação. O grupo educação, leitura e recreação acelerou de 0,38% para 0,62% na passagem de maio para junho, com contribuição do item hotel (de 0,99% para 4,96%). Já o grupo despesas diversas subiu 0,89% neste mês depois de avançar 0,65% no mês passado, influenciado pelo item jogo lotérico (de 3,73% para 6,44%). Já o grupo Vestuário teve alta de 0,57% em junho, ante elevação de 0,49% em maio, com contribuição do item calçados (de -0,04% para 0,42%).

As maiores influências de baixa para o IPC na passagem de maio para junho foram batata-inglesa (de 2,97% para -17,87%), tomate (de 6,40% para -7,67%), etanol (de 0,54% para -2,31%), tangerina (de -3,32% para -14,47%) e alface (apesar de reduzir o ritmo de baixa de -9,52% para -6,94%).

A lista de maiores pressões de alta, por sua vez, é composta por refeições em bares e restaurantes (de 0,64% para 0,80%), plano e seguro de saúde (que manteve o ritmo de alta em 0,71%), aluguel residencial (de 0,40% para 0,53%), hotel (de 0,99% para 4,96%) e jogo lotérico (de 3,73% para 6,44%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) desacelerou de 1,37% em maio para 1,25% em junho. O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,37% em neste mês, após avançar 0,47% no mês passado. Já o índice relativo a Mão de Obra, por sua vez, variou 2,05%, ante a leitura de alta de 2,20% do mês anterior.

Entre as maiores influências de baixa do INCC-M de junho estão tábua de 3ª (de 0,14% para -0,64%), massa corrida para parede (de 0,72% para -0,15%), aluguel de máquinas e equipamentos (de 0 03% para -0,02%), taco/tábua corrida para assoalho (de 1,08% para -0,44%) e aduela e alizar de madeira (de 1,27% para -0 11%).

Já entre as maiores influências de alta estão ajudante especializado (de 2,01% para 2,25%), e, apesar da redução do ritmo de elevação, constam também servente (de 2,13% para 1,83%) pedreiro (de 2,26% para 2,17%), carpinteiro - fôrma, esquadria e telhado (de 2,60% para 2,03%) e engenheiro (de 1,93% para 1 77%).



Veículo: Diário de Pernambuco


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