No país, aumento das vendas foi de 2,2%

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As vendas no varejo brasileiro fecharam 2014 com alta de 2,2%, informou ontem o IBGE. Apesar do número positivo, o resultado é o pior desde 2003, quando o setor encolheu 3,7%. Em 2013, a alta havia sido de 4,3%, praticamente o dobro da taxa do ano passado. Em dezembro, apesar do Natal, houve recuo de 2,6%

 

 



Já em termos de receita, o varejo registrou crescimento de 6% em dezembro, frente a igual mês do ano anterior. No acumulado do ano, o crescimento foi de 8,5%. Segundo o instituto, parte da desaceleração do volume de vendas do varejo em 2014 está relacionada ao desempenho mais fraco do setor de supermercados, em que as vendas aumentaram 1,3%, taxa menor que a registrada no ano anterior, de 1,6%. O IBGE destaca que fatores como renda menor e mais inflação influenciaram o resultado.

"O declínio da taxa de crescimento (do setor de supermercados) em relação ao ano passado, quando o aumento foi de 1,9% em relação a 2012, pode ser explicado pela desaceleração do crescimento da massa real de rendimento, com taxa de variação de 1,4% em 2014, contra os 2,4% de 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego. Cabe ressaltar que o desempenho desta atividade foi influenciado ainda pelos preços da alimentação no domicílio que, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA, variaram 7,1% contra 6,4% do índice geral", disse o instituto, em comunicado.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 9%, deram a segunda maior contribuição à taxa anual do varejo, atrás apenas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico - loja de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, entre outros -, que aumentou o volume de vendas em 7,9% frente a 2013.

Em terreno negativo no ano ficaram livros, jornais, revistas e papelaria (-7,7%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,1%).


Novembro - Na comparação com novembro, as oito atividades pesquisadas tiveram resultados negativos no volume de vendas. O pior resultado foi de Móveis e eletrodomésticos (-9,9%); livros, jornais, revistas e papelarias (-9,2%); equipamentos de escritório, informática e comunicação ( -8,8) e Tecidos e vestuário e calçados (-7,3%).

Em dezembro de 2014 frente a igual mês de 2013, quatro das oito atividades do varejo registraram variações positivas no volume de vendas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,0%); Combustíveis e lubrificantes (2,0%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,4%). Os impactos negativos ficaram por conta de Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,6%); Móveis e eletrodomésticos (-3,6%); Tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%).

Já o Comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e material de construção, apresentou em 2014 uma retração de 1,7% frente ao ano anterior,em volume, após crescimento de 3,6% em 2013. Essa desaceleração, deveu-se à queda de 9,4% nas vendas de Veículos, motos, partes e peças contra crescimento de 1,4% no ano anterior. A diminuição do ritmo de crédito, gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, elevação da taxa de juros e a restrição orçamentária das famílias contribuíram para este cenário. Em 2014, o segmento de Material de construção não apresentou variação (0,0%) depois de um crescimento de 6,9% em 2013.(AG)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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