Puxada pelo boi gordo, atividade pecuária respondeu por 52,51% do índice, totalizando R$ 85,563 bilhões
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro encerrou 2014 com alta de 7,51% e renda de R$ 162,943 bilhões. Ao contrário dos anos anteriores, em 2014, a atividade pecuária respondeu pela maior parte na composição do PIB estadual, 52,51%, com R$ 85,563 bilhões, resultado proveniente, principalmente, da valorização observada na cadeia do boi gordo.
A agricultura gerou R$ 77,38 bilhões, participação de 47,49%. Em relação ao PIB nacional do agronegócio, Minas Gerais respondeu por 13,8% do valor, ante a participação de 13,06% registrada em 2013.
O PIB do agronegócio de Minas Gerais é estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com o apoio financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).
Com crescimento de 1,23% em dezembro, o PIB gerado pela pecuária encerrou 2014 com alta de 17,42%, somando R$ 85,563 bilhões. O aumento teve como principal base a valorização registrada na cadeia da pecuária de corte. A menor oferta de animais; aumento das exportações e a forte estiagem, que prejudicu o índice de prenhes impulsionou para cima os preços do setor.
Em dezembro, quase todos os grupos que compõem o segmento da pecuária encerraram com elevação, menos o de insumos que apresentou variação negativa de 1,57%, enquanto indústria, distribuição e básico registraram elevações de 1,1%, 1,36% e 1,49%, respectivamente, mantendo a tendência observada ao longo de 2014.
De acordo com os dados do Cepea, no segmento primário da pecuária, o avanço na renda foi de 1,23% em dezembro, com elevação média de 8,3% nos preços reais e de 9,93% das expectativas anuais de produção. Na avaliação de 2014, apresentaram alta na renda anual: boi (24,37%), vacas (36,96%), leite (15,56%) e suínos (10,29%). Já frango e ovos recuaram 8,55% e 0,82%, respectivamente.
Bovinos - Minas Gerais registrou, no exercício anterior, valorização de 17,58% nos preços dos bois e de 18,94% nos valores das vacas, com uma expectativa de crescimento anual na produção de 5,78% e 15,13%, respectivamente. Segundo o Cepea, o mercado pecuário atingiu preços recordes em 2014 devido à menor oferta, resultado especialmente da seca que atingiu, desde o final de 2013, diversas regiões produtoras brasileiras, prejudicando as condições das pastagens.
No mercado de suínos, segundo os pesquisadores do Cepea, o ano foi marcado por recordes de preços. No Estado, houve elevação de 7,88% nos preços acumulados e crescimento de 2,23% na produção, levando a um incremento de 10,29% na renda. Na atividade leiteira, os preços apresentaram queda de 1,67% no ano e crescimento na produção de 17,52%. A queda se deve a maior captação e ao mercado consumidor estagnado.
Veículo: Diário do Comércio - MG