As projeções do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro continuam a piorar no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 28, pelo Banco Central. Para 2016, a mediana das estimativas passou de uma retração de 3,60% para 3,66% - um mês atrás estava em 3,45%. Para 2017, a previsão ainda é de alta da atividade, mas menor, já que passou de 0,44% para 0,35% - quatro semanas antes estava em 0,50%.
Já a produção industrial apresentou uma mediana das estimativas do mercado um pouco melhor para este ano, de queda de 4,40% ante recuo de 4,50% da semana anterior e de um mês atrás. Para 2017, a previsão ainda continua no terreno positivo, em 0,85% - estava em 0,57% na semana passada e em 0,80% quatro semanas antes.
Os economistas mexeram levemente em suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2016, a mediana das previsões passou de 41,05% para 41,10% de uma semana para outra, ante 40,75% de quatro semanas antes. No caso de 2017, as expectativas subiram de 45,30% para 45,90% de uma edição para a outra - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 44,00%.
Superávit comercial
O Relatório Focus continua a mostrar o forte ajuste pelo qual passa o setor externo brasileiro. A balança comercial de 2016 deve apresentar superávit de US$ 43,53 bilhões ante previsão anterior de US$ 42,40 bilhões e de US$ 40 bilhões de um mês atrás. Também para 2017 as estimativas estão mais otimistas: a previsão de saldo positivo passou de US$ 46,90 bilhões para US$ 47,50 bilhões de uma semana para outra - o volume apontado um mês antes também era de US$ 40 bilhões.
No caso das previsões para a conta corrente, segue o movimento de previsão de rombo menor. Para 2016, a mediana das expectativas passou de um déficit de US$ 21,21 bilhões para US$ 20,45 bilhões. Um mês atrás, estava em US$ 29,95 bilhões. A atualização da estimativa feita pelo Banco Central na semana passada foi para US$ 25 bilhões.
Já para 2017, a perspectiva do mercado financeiro é de um rombo de US$ 18,20 bilhões, volume menor do que o apontado na edição anterior, de US$ 19,00 bilhões. Quatro semanas atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 25,00 bilhões.
Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nos dois anos. A mediana das previsões para esse indicador segue em US$ 55,00 bilhões pela décima quinta semana consecutiva, no caso de 2016. Para 2017, a perspectiva de volume de entradas caiu de US$ 57,50 bilhões para US$ 55,25 bilhões - estava em US$ 55,55 bilhões um mês atrás.
Veículo: Jornal Correio Braziliense - DF