Mercado baixa estimativa da inflação pela quarta semana consecutiva

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                                                                             IPCA para 2016 cai de 7,31% para 7,28%, aponta Focus.

Pela quarta semana consecutiva, as projeções do mercado financeiro para o IPCA deste ano recuaram no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 4, pelo Banco Central (BC). A mediana das estimativas passou de 7,31% para 7,28% nesta semana. Há um mês, estava em 7,59%. Apesar de menor, a mediana ainda está acima das novas previsões apresentadas pelo BC na semana passada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Pelo cenário de referência da instituição, o IPCA subirá 6,6% este ano e, pelo de mercado, 6,9%. Todas as previsões - do mercado e do governo - estão acima do teto da meta de 2016, de 6,50%.

Para 2017, o documento trouxe estabilidade das estimativas pela oitava semana consecutiva. A previsão seguiu em 6,00%, justamente no limite superior da banda estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano que vem. Pelos cálculos do BC, a inflação do ano que vem subirá 4,9% e 5,4%, respectivamente pelo cenário de referência e de mercado.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das expectativas para 2016 ficou estável. Para 2016, seguiu em 7,18% de uma semana para outra - um mês antes, estava em 7,95%. No caso de 2017, a previsão ficou congelada em 6,20% na semana, e ficou abaixo da taxa de 6,50% apontada um mês atrás.

A inflação suavizada 12 meses à frente também seguiu paralisada, em 6,48% de uma semana para outra - há um mês, estava em 6,70%. Para o curto prazo, houve ajustes pontuais. Para março de 2016, passou de 0,54% para 0,53% (quatro semanas antes estava em 0,55%) e, para fevereiro, a mediana das previsões saiu de 0,62% para 0,61% de uma semana para a outra - quatro edições atrás da Focus estava em 0,65%.

Preços administrados

As projeções do mercado financeiro para os preços administrados em 2016 subiram no Relatório de Mercado Focus. Vilões da inflação de 2015, ao avançarem 18,07%, a expectativa agora é de que os administrados terão alta de 7,40% este ano ante taxa prevista de 7,30% na semana anterior. Quatro semanas atrás, a mediana estava nos mesmos 7,40% desta semana.

No caso de 2017, a mediana das expectativas permaneceu em 5,50%, o mesmo patamar visto um mês atrás.

O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5%. A expectativa do BC é de que apenas no primeiro semestre deste ano haja uma desinflação de 2 pontos porcentuais da inflação. Entre outros fatores, a instituição conta com a ajuda dos preços monitorados ou administrados pelo governo.

No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na quinta-feira passada, o BC previu que os preços administrados devem subir 6,1% este ano ante previsão anterior de 5,9%. Para 2017, a projeção para esse conjunto de itens ficou inalterada em 5,0%. Em ambos os casos, portanto, o governo trabalha com a perspectiva de elevações menos expressivas do que aquelas projetadas pelos analistas do mercado financeiro.

IGPD-I

Os índices de preços no atacado voltaram a recuar no Relatório de Mercado Focus. A mediana das projeções para o IGP-DI passou de 7,43% para 7,41% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás, estava em 7,83%. Já o IGP-M de 2016 teve queda de 7,68% para 7,67% - quatro semanas antes estava em 7,97%.

Para 2017, a mediana das estimativas para o IGP-M saltou de 5,50% (onde se encontrava há duas semanas consecutivas) para 5,66%. No caso do IGP-DI, houve estabilidade das previsões para o período, em 5,50%. Esta é a décima semana seguida que as projeções ficam nesse mesmo patamar.

O IPC-Fipe para 2016 ficou congelado em 7,00% pela segunda semana, de acordo com a pesquisa Focus de hoje. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,22%. Para 2017, a inflação de São Paulo subirá, pelo boletim Focus, 5,70% ante taxa de 5,50% prevista no levantamento anterior. Quatro edições atrás do documento estava em 5,40%.

 



Veículo: Jornal Estado de Minas - MG


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