Índice avançou 0,73% no período.
Após apresentar desaceleração em fevereiro, chegando a 0,36%, a inflação de Belo Horizonte voltou a subir no mês passado e atingiu 0,73% em março. Com o resultado, no acumulado do primeiro trimestre a variação chegou a 4,06% e, nos últimos 12 meses a 11,77%. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo o levantamento, dentre os 11 itens agregados que compõem o índice, os maiores destaques na comparação mensal foram as altas de 6,08% para alimentos in natura e de 2,8% para encargos e manutenção. Na outra ponta, os produtos administrados apresentaram retração de 0,19% nos preços.
Quando considerado os primeiros três meses de 2016, o maior crescimento também foi observado nos alimentos in natura (20,74%), seguido pelos artigos de residência (7,76%). Já nos últimos 12 meses, os destaques se repetiram em alimentos in natura e encargos e manutenção, com elevação dos preços em 40,85% e 20,11%, respectivamente. Nas bases de comparação anual e de 12 meses nenhum item sofreu deflação.
Em relação aos gastos individuais, o levantamento apontou os custos com mamão (75,81%), ingresso para jogo (37,01%), dentista (6,22%), condomínio residencial (1,87%) e refeição (1,65%). Em contraposição, as cinco menores contribuições vieram de vestido adulto (-13,62%), computador completo (-11,04%), blusa feminina (-9,87%), tarifa de energia elétrica (-2,3%) e seguro voluntário anual (-1,32%).
O custo da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com alimentação, continua refletindo a alta dos preços dos alimentos e chegou a R$ 408,12 no mês passado. O valor representou um aumento de 3,46% em relação a fevereiro. Além disso, já significou 46,38% do salário mínimo brasileiro, reajustado nesse ano para R$ 880.
Dos treze itens compõem a cesta básica, somente três apresentaram queda nos preços na variação mensal: tomate santa cruz (-2,49%), farinha de trigo (1,35%) e café moído (-0,11%). Já os principais aumentos vieram a banana caturra (19,6%), da batata-inglesa (13,39%) e da carne chã de dentro (1,63%).
Confiança - A partir desses resultados, o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICCBH) apresentou mais um recuo e chegou a 33,43 pontos no terceiro mês de 2016, mantendo-se abaixo da fronteira que separa o pessimismo do otimismo. Em fevereiro havia sido de 34,96 pontos. Dentre os itens avaliados, somente a situação financeira da família apareceu com mais de 50 pontos, com 55,36.
A inflação apareceu com apenas 19,40 pontos, seguida pela situação econômica do País, com 20,71 pontos. Logo após vem o emprego com 23,33 pontos, a pretensão de compra com 36,19, e a situação financeira da família em relação ao passado com 42,14.
Veículo: Jornal DCI