O governo espera que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 1% em 2017, de acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado na última sexta-feira ao Congresso Nacional.
Em 2018 deve haver expansão de 2,9% e, em 2019, de 3,2%. A expectativa é que a inflação medida pelo IPCA encerre o próximo ano em 6%, fique em 5,4% em 2018 e em 5% no ano seguinte.
O Ministério do Planejamento, na PLDO, ainda apresentou uma previsão de 12,75% para a Selic ao final de 2017. Depois desse pico, a projeção é de desaceleração da taxa, sendo 11,5% em 2018 e 11% em 2019. Já em relação ao câmbio, a expectativa é taxa de R$ 4,40 em 2017, R$ 4,30 em 2018 e R$ 4,40 em 2019.
As projeções divulgadas no mês passado pelo governo já indicavam que o PIB de 2017 teria crescimento de 1%. Além disso, o governo também já trabalhava com uma inflação de 6% e uma taxa básica de juros Selic de 12,75% no próximo ano, segundo dados divulgados no mês passado.
A meta de superávit primário do governo central usada pelo governo na divulgação anterior era correspondente a R$ 71,274 bilhões. O câmbio, por sua vez, já estava previsto para R$ 4,40 em 2017.
Setor público
O governo estabeleceu a meta de superávit de 0,1% do PIB para o resultado primário do setor público de 2017. O número também está no PLDO, enviado ao Congresso.
Há ainda a possibilidade de abater R$ 65 bilhões da meta, o que permite que o ano termine com um déficit. Esse abatimento é decorrente de um total de R$ 42 bilhões de frustração de receitas primárias e outros R$ 23 bilhões para abatimentos de despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A PLDO 2017 indica uma meta de 0% do PIB para o governo central.
O projeto de lei inclui ainda um salário mínimo de R$ 946 para 2017 e de R$ 1.002,7 para 2018. A previsão inicial para o salário mínimo do ano que vem na LDO 2016 era de R$ R$ 900,1 e, para 2018, de R$ 961.
Pela primeira vez, o governo divulgou as perspectivas para o ano de 2019, com um resultado primário do setor público equivalente a 1,4% do PIB, sendo que o governo central estará responsável por 1% e os Estados e municípios pelos outros 0,4%.
Veículo: Jornal DCI