O Dia dos Namorados é considerado pelo comércio como a terceira data comemorativa mais importante, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Mas em tempos de recessão, nem o amor está imune. O bolso do consumidor está mais vazio e o valor do presente para a data comemorativa caiu. Uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH) revela que o consumidor de Belo Horizonte vai gastar, em média, R$ 103,20 neste ano com o presente para o namorado ou namorada.
Esse valor representa uma queda de 29,42% no tíquete médio para a data especial na comparação com o ano passado. Em 2015, o valor do presente chegou a R$ 146,22. Há dois anos, o consumidor desembolsou, em média, R$ 148,82 e em 2013, o valor do presente para o Dia dos Namorados foi de R$ 119,34.
“Esse ano, até agora, a nossa expectativa é de que o tíquete médio até para o , Dia das Mães e Dia das Crianças seja menor mesmo. Se a turbulência política não passar, não há condições de haver estabilidade econômica”, aponta Marco Antonio Gaspar, vice-presidente da CDL/BH. A pressão inflacionária e o aumento dos juros, segundo ele, têm impactado o orçamento das famílias. “A renda do consumidor está cada vez mais comprometida com o pagamento de despesas essenciais”, completa.
A intenção do arquiteto Sérgio Pereira comprova a pesquisa da CDL/BH. “A minha namorada vai ganhar um presente de menor valor neste ano, sim”, esclarece ele. Em 2015, ela ganhou um smartphone de Dia dos Namorados. O arquiteto ainda não escolheu o presente, mas tem uma única certeza: vai comprar à vista. “Não dá mais para ficar fazendo dívidas no cartão”, diz, cauteloso, Lamounier.
O vice-presidente da CDL/BH comprova que atualmente o consumidor quer pagar à vista. “E ele vai comprar o que couber no bolso e tiver naquela hora da compra”, acrescenta Marco Antonio Gaspar.
Flores e motéis. Quem quiser presentear com flores ou um mimo considerado “mais quente” – uma ida a um motel – pode pesquisar e muito. O site Mercado Mineiro fez uma pesquisa de preços de flores e de suítes, dentre outros, em 84 estabelecimentos de Belo Horizonte e região metropolitana entre os dias 24 de maio e 2 de junho.
Entre 2015 e este ano, a dúzia do copo de leite, por exemplo, acumula uma alta de 70,93%. É um percentual muito acima da inflação dos últimos 12 meses, que é de 9,28%, segundo o IBGE.
Já o preço médio de um pacote de 2 horas em uma suíte presidencial nos finais de semana custava, em 2015, R$ 229, 54. Em 2016, o preço, segundo o site Mercado Mineiro é de R$ 258,10. Ou seja, variação de 12,44% em um ano.
Tudo vai depender de como os namorados querem agradar. Há motéis com serviços diferenciados e, por isso mesmo, a variação de preços no mesmo item – suíte presidencial – pode chegar aos astronômicos 925%.
A pesquisa completa pode ser acessada em www.mercadomineiro.com.br
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Veículo: O Tempo - AM