IBGE apura recorde negativo na série da PMC

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Rio de Janeiro - As vendas do comércio cresceram 0,5% em abril, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a maior variação para o mês nessa comparação desde 2013, quando a taxa ficou em 0,7%.Frente a abril de 2015, no entanto, o dado segue negativo e atingiu um recorde para a série, iniciada em 2001: o volume de vendas caiu 6,7% - a maior queda já registrada nessa comparação. Foi a 13ª vez seguida em que houve variação negativa na comparação anual.

Com isso, o varejo acumulou queda de 6,9% nos quatro primeiros meses do ano. Esta é a 15ª retração seguida nessa comparação. Já o acumulado nos últimos 12 meses, com recuo de 6,1%, mantém a trajetória descendente iniciada em maio de 2015.

A receita nominal cresceu 1,2% na passagem de março para abril. Já na comparação com abril de 2015, aumentou 5,2%. No ano, acumula alta de 4,8% e, em 12 meses, de 3,2%. Na passagem do mês, três atividades apresentaram alta nas vendas

A reversão de sinal do comércio varejista na passagem de março para abril, de -0,9% para 0,5%, foi acompanhada por três das oito atividades pesquisadas. O resultado positivo foi influenciado, principalmente, pelos setores que também passaram de uma variação negativa para uma alta das vendas em abril: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de -1,4% em março para 1% em abril), outros artigos de uso pessoal e doméstico (de -1,9% para 2,8%) e tecidos, vestuário e calçados (de -4,7% para 3,7%).

As vendas no setor de combustíveis e lubrificantes saíram de -1,2% para 0%. Seguem em queda os grupos de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,9%) e móveis e eletrodomésticos (-1,8%).

O comércio varejista ampliado (varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção), manteve variação negativa para o volume de vendas entre março e abril de 2016 (-1,4%), influenciado negativamente pelo desempenho de veículos e motos, partes e peças, com recuo de 6,6%, e material de construção, com decréscimo de 4%. Nessa comparação, essa taxa é a pior para o mês desde 2010, quando registrou queda de 8,2%.

Na comparação com abril de 2015, os resultados negativos do varejo alcançaram as oito atividades pesquisadas. O maior peso na queda geral de 6,7% nessa comparação veio do grupo hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve recuo de -4,4% nas vendas.

Estados - Em relação ao mês anterior, 17 das 27 unidades da Federação tiveram alta no volume de vendas em abril. As maiores taxas foram registradas por Sergipe (6,3%), Amapá (3,5%) e Paraná (2,9%). Entre os estados que tiveram redução no volume de vendas, a queda for mais intensa em Rondônia (-3,7%), na Bahia (-1,8%) e no Amazonas.
Na comparação com abril de 2015, a redução do volume de vendas no varejo alcançou 26 das 27 unidades da federação. A maior queda foi no Amapá (-15,1%).

O Rio de Janeiro segue com taxas negativas em todas as comparações. O volume de vendas caiu 0,1% na passagem de mês, acumula queda de 7,6% no ano e de 5,7% em 12 meses.

Quanto ao comércio varejista ampliado, todas as 27 unidades da federação apresentaram variações negativas para o volume de vendas, na comparação com o mesmo período do ano anterior. (AG)


Veículo: Diario do Comércio MG


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