Apesar da aceleração no ritmo de alta do grupo Alimentação no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na primeira leitura de julho, os sinais são de algum alívio no fim do mês.
O indicador, que mede a inflação na cidade de São Paulo, registrou alta de 0,78% na primeira quadrissemana de julho, superando o resultado de junho, quando o IPC avançou 0,65%.
De acordo com coordenador do IPC-Fipe, André Chagas, nas próximas duas medições Alimentação ainda deverá apresentar taxas elevadas, de 2,09% e 1,96%, respectivamente. Na primeira quadrissemana do mês - últimos 30 dias terminados na quinta-feira (7) - a classe de alimentos atingiu 1,86%, após 1,17% no fim de junho. "As pesquisas de ponta [mais recentes] ainda indicam Alimentação com variação elevada. Assim que esse efeito estatístico desaparecer, a alta vai diminuir, mas com muita volatilidade", estimou.
A oscilação sugerida pelo economista se deve ao fato de se tratar de itens que dependem muito das condições climáticas. Além disso, completou, a pressão de alta recente em determinados itens alimentícios pode estar fazendo com que alguns consumidores ajustem o consumo, o que acaba levando os preços a oscilar até encontrar um equilíbrio. Entre os itens, mais uma vez, o feijão figurou entre as maiores pressões do IPC de 0,78% na primeira quadrissemana de julho e respondeu por 30% da alta.
Veículo: DCI