São Paulo – Os idosos estão mais pressionados pela inflação do que a média geral da população brasileira. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação de preços para famílias majoritariamente compostas por indivíduos acima de 60 anos de idade, ficou em 1,64% no segundo trimestre de 2016. No mesmo período, a inflação média sentida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) foi de 1,39%. Em 12 meses, o IPC-3i acumula uma alta de 8,71%, contra uma taxa de 8,54% do IPC-BR, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No entanto, o IPC-3i tinha registrado alta ainda maior no primeiro trimestre do ano, de 2,72% e apesar de estar acima da inflação geral, registrou desaceleração no segundo trimestre deste ano. Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice registraram taxas de variação menor no segundo trimestre. A principal contribuição para a desaceleração do indicador foi do grupo Alimentação, que passou de 5,37% no primeiro trimestre para 1% no segundo trimestre. O destaque foi o item hortaliças e legumes, que saiu de elevação de 17,38% para queda de 5,01% no período.
As demais contribuições para a desaceleração do IPC-3i foram de Transportes (de 2,87% no primeiro trimestre para -0,20% no segundo trimestre), Educação, Leitura e Recreação (de 3,63% para -0,96%), Habitação (de 1,50% para 1,29%) e Comunicação (de 2,01% para 0,38%). Os impactos mais relevantes foram da gasolina (de 2,55% para -2,01%), excursão e tour (de 3,16% para -9,24%), empregados domésticos (de 4,32% para 0,76%) e mensalidade para TV por assinatura (de 5,23% para 0,00%).
Na direção oposta, aumentaram mais os gastos com Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,03% para 4,84%), Vestuário (de 0,27% para 2,09%) e Despesas Diversas (de 3,87% para 3,92%), com destaque para as elevações de medicamentos em geral (de 0,72% para 7,47%), roupas (de 0,30% para 2,26%) e cigarros (de 8,08% para 8,91%).
Veículo: Estado de Minas