Economia brasileira encolhe 0,51% em maio, diz BC, pior que o esperado

Leia em 1min 50s

BRASÍLIA (Reuters) - A economia brasileira voltou ao vermelho em maio, com queda de 0,51 por cento sobre abril e resultado muito pior que o esperado, mostrando que o cenário de recessão ainda não havia dado sinais consistentes de recuperação, indicou nesta quinta-feira o Banco Central. Na comparação com um ano antes, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou queda de 5,32 por cento, segundo dados dessazonalizados. O resultado mensal veio pior que a previsão de estabilidade em maio apontada em pesquisa Reuters com especialistas. Em abril, o IBC-Br mostrou tímido avanço de 0,07 por cento sobre o mês anterior, número revisado pelo BC, que mostrou antes leve crescimento de 0,03 por cento e interrompeu 15 meses consecutivos em território negativo. No acumulado em 12 meses, a retração do IBC-Br ficou em 5,51 por cento em maio, sempre em números dessazonalizados.

"A despeito dessa queda em maio (do IBC-Br), esperamos recuperação da indústria e do setor de serviços em junho, reforçando nossa expectativa de estabilidade da atividade no trimestre passado", afirmou o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do banco Bradesco, Octavio de Barros, por meio de nota.Em maio, os principais setores da atividade econômica do país ainda davam sinais de fraqueza. A produção industrial, por exemplo, ficou estável sobre abril, resultado melhor do que o esperado, mas que interrompeu dois meses seguidos de alta.

O varejo, no entanto, obteve seu pior desempenho histórico para maio, com queda de 1 por cento sobre abril, enquanto o setor de serviços ficou praticamente estável no período.

Apesar dos sinais ainda não estarem apontando de maneira consistente para a chegada ao fundo do poço, economistas têm sucessivamente melhorado suas projeções para o tombo da economia neste ano.

Na pesquisa semanal Focus mais recente, realizada pelo BC com mais de uma centena de economistas, a perspectiva de queda do PIB em 2016 passou a ser de 3,3 por cento. No início de junho, era de 3,71 por cento. O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

Veículo: Notícias agrícolas


Veja também

Intenção de Consumo das Famílias cai 21%, diz a CNC

Confiança do consumidor permanece baixa e a recuperação deve acontecer lentamente, já que as...

Veja mais
Bovespa fecha em alta e renova maior patamar desde abril

Principal indicador da bolsa paulista subiu 0,55%, aos 54.256 pontos.No ano, índice teve valorizaçã...

Veja mais
Inflação pesa mais no bolso dos idosos

São Paulo – Os idosos estão mais pressionados pela inflação do que a média gera...

Veja mais
Preço em São Paulo avança na 1ª prévia do mês

Apesar da aceleração no ritmo de alta do grupo Alimentação no Índice de Preços...

Veja mais
Queda nas vendas do varejo em maio acaba com a esperança de retomada

Retração de 10,2% no volume de negócios do varejo ampliado no mês, sobre um ano antes, devolv...

Veja mais
Nem Dia das Mães salva o comércio

Rio de Janeiro – As vendas do comércio varejista caíram 1% em maio ante abril, na série com a...

Veja mais
Vendas em Campinas sobem 1,5% e inadimplência bate 36,6% em junho

No acumulado do ano já são 123.138 carnês/boletos vencidos e não pagos.Associaçã...

Veja mais
Consumidores retornam às compras

O consumidor, que até há muito pouco tempo andava retraído, já começa a mostrar inter...

Veja mais
Inadimplência registra taxa menor de crescimento

Brasília - O contingente de pessoas que atrasaram o pagamento de suas contas cresceu 3,21% em junho comparativame...

Veja mais