A indústria de bens de capital foi a única que reduziu a produção entre janeiro e fevereiro, com uma queda de 6,27%. No período, a produção industrial como um todo avançou 1,8%, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Bens de consumo duráveis apresentaram a taxa mais alta de, 10,5%, enquanto bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários cresceram 1,7% e 1,5%, respectivamente.
Se comparado com igual mês de 2008, o setor de bens de capital apresentou queda de 24,4%, o pior resultado desde março de 1996. "Não há como pensar em investimentos no cenário atual", afirma Thaís Marzola Zara, da Rosenberg & Associados. "O panorama para investimentos é ruim, o que não é de surpreender considerando-se a capacidade ociosa na indústria", completa José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.
Segundo a economista da Rosenberg, até mesmo as importações de bens de capital estão caindo. Pelos cálculos da consultoria, o consumo aparente de máquinas e equipamentos recuou 2,1% em relação a janeiro. Com a queda de 1,1% da produção de insumos típicos da construção civil, o indicador de formação bruta de capital fixo medido pela Rosenberg registrou retração de 1,6%.
Veículo: Gazeta Mercantil