A batata-inglesa mostrou a maior deflação em setembro, de 19,24%
São Paulo - O mercado financeiro reduziu sua previsão para todos os indicadores de preços, de acordo com o relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC).
Os analistas consultados pela autoridade monetária revisaram para baixo a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano, ao passar de 7,23%, registrado na semana passada, para 7,04%, no documento desta segunda-feira. Foi a quarta queda na expectativa seguida nesse indicador.
O resultado vem logo após da divulgação do IPCA de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o qual variou 0,08% ante agosto, com destaque para o grupo Alimentação.
Para 2017, o mercado prevê 5,06%, uma ligeira retração na comparação com o esperado uma semana antes, de 5,07%.
De forma semelhante, para os preços administrados, a perspectiva foi revista de 6,20% para 6,11% ao final de 2016. Para o próximo ano, a mediana projetada passou de 5,50% para avanço de 5,30%.
Com relação aos índices gerais de preços - calculados pelos Fundação Getulio Vargas (FGV) -, o relatório Focus mostrou que a estimativa do de Disponibilidade Interna, o IGP-DI, de 2016 recuou de 7,94% para 7,59% da última semana para esta. E para o de Mercado, o IGP-M, caiu de 8,01% para 7,91%. Em 2017, para ambos, a previsão seguiu em 5,50%.
No caso do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), a mediana das previsões mostrou queda de 7,07% para 6,76% em 2016.. Para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo subiram de 5,12% para 5,32%.
Juros
O relatório Focus revelou, ainda que com essas expectativas para o final do ano para os preços, a expectativa de corte da taxa de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual ainda este ano se manteve. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano, e a estimativa é de que termine 2016 em 13,75% ao ano. Para o fim de 2017, a projeção também permaneceu em 11,00% ao ano, mesmo nível há oito semanas seguidas.
Na sexta-feira passada, com a divulgação da inflação oficial de setembro, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, entendeu que o IPCA mostra que os preços estão na "direção correta".
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica terminará 2016 em 13,75% ao ano.
Prévia
Por outro lado, ontem, a Fundação Getulio Vargas divulgou que a primeira prévia do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) variou 0,19%, 0,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice tiveram alta. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,14% para -0,01%), com destaque para carnes bovinas, cuja taxa passou de 2,08% para 2,80%.
Veículo: DCI