Aumento do desemprego e dos juros dos crediários influenciam o resultado.
Procura menor por crédito foi observada em todas as faixas de renda.
A quantidade de pessoas que buscou crédito em setembro de 2016 caiu 3,6% em relação a agosto, segundo indicador da Serasa Experian. O número reflete, segundo a pesquisa, o aumento dos índices de desemprego e das taxas de juros dos crediários.
A procura menor por crédito foi observada em todas as faixas de renda. Para os consumidores que ganham até R$ 500 mensais, o recuo foi de 3,5%. Para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês e entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais, o recuo foi de 3,6%.
Para os consumidores que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês a queda foi de 3,8%. Já para aqueles que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 mensais o recuo foi de 3,7%. Por fim, a demanda por crédito caiu 3,3% para os consumidores que ganham mais de R$ 10.000 por mês.
Em setembro, a procura caiu em todas as regiões. A maior baixa partiu do Norte (-6,2%), seguido por Nordeste (-4,8%), Centro-Oeste (-6,1%), Sul (-6,3%) e Sudeste (-1,5%).
Um ano atrás
Já na comparação com o mesmo período de 2015, a demanda cresceu 2,2%. No acumulado de 2016, de janeiro a setembro, a demanda do consumidor avança 1,8% diante do mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano até setembro, com exceção da faixa de menor renda, que teve baixa de 1,5%, a busca do consumidor por crédito ainda sobe em todas as demais faixas de renda em relação ao mesmo período de 2015.
No caso dos consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, a alta foi de 1,5%; entre aqueles com renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000, de 2,5%; entre os que têm renda mensal entre R$ 2.000 e R$ 5.000, de 2,6%. Quanto aos consumidores com renda mensal entre R$ 5.000 e R$ 10.000, o avanço foi de 2,6%, e os com renda mensal maior que R$ 10.000, chegou a 2,3%.
No acumulado do ano, a demanda do consumidor por crédito avançou 4,6% na Região Sul, 2,3% no Sudeste e 2,7% no Centro-Oeste. Na contramão, estão as regiões Norte e Nordeste com quedas acumuladas de 4,4% e 1,2% no acumulado de janeiro a setembro de 2016 na comparação com o período de janeiro a setembro do ano passado.
Fonte: Portal G1