Brasília - A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 662 milhões na segunda semana de outubro. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), o saldo do período, com quatro dias úteis, é resultado de US$ 3,147 bilhões em exportações e US$ 2,485 bilhões de importações. O valor é superior ao da primeira semana do mês, que registrou superávit de US$ 499 milhões. No acumulado do mês, as exportações já somam US$ 6,521 bilhões e as importações, US$ 5,360 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,16 bilhão.
O Brasil caminha para ter em 2016 um saldo comercial recorde. Neste ano, as importações já somaram US$ 108,5 bilhões, enquanto as exportações totalizaram US$ 145,8 bilhões, ficando o País, assim, com um saldo positivo de US$ 37,3 bilhões. A balança comercial total de 2015 foi de US$ 19,69 bilhões.
A queda nas importações tem contribuído para esse saldo positivo. Em 2016, a média diária das compras de artigos do exterior está 11% abaixo da média diária do ano passado: US$ 595,5 milhões neste ano versus US$ 669,2 milhões de 2015.
Se comparado ao mesmo período parcial de 2015, houve uma queda de 5,2% no saldo. A retração ocorreu por conta da queda nas vendas de produtos básicos (-13,5%) e dos manufaturados (-0,3%). Contudo, a venda de produtos semimanufaturados, como açúcar bruto, couros, peles e ferros fundidos, registrou alta de 7,8%.
Patentes - O Brasil e a União Europeia (UE) deram o primeiro passo ontem para estabelecer um acordo de propriedade intelectual, que dê agilidade ao reconhecimento de patentes. Representantes do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e do Escritório Europeu de Patentes assinaram um memorando para iniciar as negociações.
A expectativa é que o acordo seja finalizado em três meses. Devem fazer parte 38 países, inclusive alguns que não estão na UE, como a Turquia.
O acordo estabelece uma “via rápida” para o reconhecimento de patentes de ambos os lados. Empresas que registrarem patentes na Europa, por exemplo, terão preferência na fila de análise no Brasil e poderão trazer para cá todo o material já produzido para o processo europeu.
O setor empresarial vinha fazendo bastante pressão por esse acordo, porque, no Brasil, a fila para a análise de patentes chega, em média, a 11 anos. Na Europa, varia entre dois e três anos.
“O acordo vai ajudar a atrair investimentos, porque reduz muito a insegurança jurídica das empresas que temem que seus produtos sejam copiados no Brasil”, afirmou o gerente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emilio Gonçalvez. (AG/FP)
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas