A inflação sentida pelas famílias mais pobres ganhou força no terceiro mês deste ano. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de um a 2,5 salários-mínimos mensais (de R$ 465,00 a R$ 1.162,50). O indicador subiu 0,51% em março, mais que o triplo da taxa apurada em fevereiro, que foi de 0,16%, segundo informações anunciadas na sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com esse resultado, até março, o índice acumula alta de 1,4% no ano e avanço de 6,52% nos últimos 12 meses.
Segundo a FGV, o IPC-C1 foi inferior à inflação medida para o mesmo período pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), referente a famílias mais abastadas, com ganhos entre um e 33 salários-mínimos (de R$ 465 a R$ 15.345), e que subiu 1,66% no mesmo período.
Na taxa acumulada em 12 meses, porém, o IPC-C1 ainda é mais elevado do que o apurado para o mesmo período pelo IPC-BR, que avançou 6,32% no período. O resultado de março do IPC-C1, porém, foi menor do que a taxa mensal do IPC-BR para o mesmo mês, que teve alta de 0,61% no terceiro mês deste ano.
O término da deflação nos preços dos alimentos, que passou de -0,01% em fevereiro para 0,87% em março levou à taxa maior do IPC-C1. Segundo a FGV, nesta classe de despesa, houve fim de quedas de preços e aceleração nas taxas de inflação de itens importantes na área de alimentação.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ