Poder de compra das famílias encolhe quase 10% em dois anos

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O poder de compra das famílias brasileiras teve forte retração em 2015 e 2016, explicando o recuo do consumo no mesmo período; segundo estimativas da Tendências Consultoria Integrada, depois de cair 2,8% no ano passado, o poder de compra dos brasileiros vai encolher mais 7% neste ano, descontada a inflação, num cenário marcado pela retração do crédito e queda da massa ampliada de renda. Em dois anos, é uma queda real de quase 10%; para 2017, a expectativa é de expansão de 1,1% em termos reais, puxada por uma evolução melhor de empréstimos e financiamentos
 
O poder de compra das famílias brasileiras teve forte retração em 2015 e 2016, explicando o recuo do consumo no mesmo período. Segundo estimativas da Tendências Consultoria Integrada, depois de cair 2,8% no ano passado, o poder de compra dos brasileiros vai encolher mais 7% neste ano, descontada a inflação, num cenário marcado pela retração do crédito e queda da massa ampliada de renda. Em dois anos, é uma queda real de quase 10%. Para 2017, a expectativa é de expansão de 1,1% em termos reais, puxada por uma evolução melhor de empréstimos e financiamentos, diz reportagem do Valor.
 
"O objetivo do indicador é analisar em conjunto a dinâmica da renda real, do emprego e do crédito - os "principais condicionantes do consumo das famílias" -, diz o economista João Morais, da Tendências. Ele é definido a partir da massa ampliada de rendimentos e das captações líquidas de crédito pelas famílias, esta calculada pela diferença entre os novos empréstimos concedidos à pessoa física e os pagamentos do serviço da dívida.
 
A massa ampliada engloba a massa da renda do trabalho (a combinação do salário médio real e do número de trabalhadores), a de benefícios previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a do Bolsa Família e a de outras fontes, como juros e aluguéis. Desse total de rendimentos, são deduzidas a arrecadação de Imposto de Renda e as contribuições previdenciárias.
O indicador mostra que o poder de compra das famílias cresceu continuamente entre 2003 e 2014, até atingir o recorde de R$ 3,5 trilhões, em valores de setembro deste ano, atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No ano passado, houve uma queda real de 2,8% "Foi um recuo mais tímido e totalmente puxado pelo crédito", diz Morais.
 
Em 2015, as novas concessões de empréstimos para a pessoa física com recursos livres caíram 10,7%, descontada a inflação. Já a massa ampliada de rendimentos cresceu 1,2% em termos reais, especialmente por causa do comportamento da massa de salários. Medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, ela ainda teve aumento real no ano passado, de 1,4%.
Em 2016, tanto o crédito quanto a massa de renda puxam o poder de compra para baixo, diz Morais. Ele nota que a queda prevista para o indicador é bem mais forte, refletindo a deterioração das condições de emprego e renda e a continuidade da retração do mercado de crédito. A estimativa é de que ele encolha para R$ 3,16 trilhões neste ano."
 
Fonte: Brasil 247


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