Entidades de vários segmentos da economia e prefeituras da região metropolitana de Campinas (RMC) se uniram em torno da criação de estratégias para combater a crise internacional e promover novos negócios. A primeira ação se dará no dia 14 de abril, com o Movimento em Defesa da Produção e do Emprego (Mova-se) que deverá reunir mais de mil empresários de indústria, comércio, serviços e agronegócios com Rodada de Negócios, palestras e oficinas.
O primeiro encontro do Mova-se compreenderá a realização de várias atividades das 8h às 19h, na Casa de Campo do Royal Palm Plaza Resort Campinas. Nesse dia, ocorrerão debates sobre a crise econômica global e os impactos para a região de Campinas, realização de oficinas, palestras e uma rodada de negócios que acontece das 13h às 19h.
Durante as atividades haverá um núcleo de desenvolvimento de negócios. Trata-se de uma sala de crédito -com a presença de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Nossa Caixa- onde micro, pequenos e médios empresários receberão informações relativas à obtenção de crédito nestas instituições.
A Habicamp (Associação regional da Habitação) e a Caixa Econômica Federal vão explicar sobre os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltados para o setor habitacional.
A Rodada de Negócios contará com 150 compradores e 30 empresas-âncora dos setores público e privado, entre elas a Secretaria de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo de Campinas, o Conselho de Desenvolvimento da RMC, a Diretoria Regional da Fiesp e do Ciesp, a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), o Sebrae-SP, o Convention & Visitors Bureau, a Associação Paulista dos Supermercados (Apas), o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp), o Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), a Fundação CPQD, a Amcham e também o Grupo Arcel, a Accor, a Mercure Hotéis, o BSH Continental, a Supermercados Galassi e os Setores de Compras das prefeituras da região metropolitana de Campinas.
As reuniões, previamente agendadas, acontecerão das 13h às 19h, para agilizar a compra e a venda de produtos e serviços.
Bloco
O presidente do Campinas Convention & Visitors Bureau, Luís Antônio Guimarães, disse que a RMC precisa trabalhar em bloco para dizer não à crise financeira internacional. "O Mova-se criou um grande movimento e uma grande festa em favor da produção e do emprego. Há que destravar as coisas e falar da região metropolitana como um bloco. Um bloco econômico e um bloco de serviços", disse.
O diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), da regional de Campinas, Natal Martins, defende que se criem alternativas como o Mova-se para que a economia continue a girar e a gerar empregos. "Estamos esperando neste dia cerca de 1,5 mil empresários no evento. Começamos no dia 14 este movimento em defesa da produção e m defesa também da criação de postos de trabalho, formando um ciclo virtuoso nesse processo de crise", completou.
A diretora executiva da Agemcamp, Ieda Maria, disse que o movimento é bastante representativo em razão da importância econômica da região. "Esse movimento será um ponto inicial de movimentos anticrise", disse.
"Uma crise financeira compromete a produção, e consequentemente a arrecadação de impostos. O cidadão desempregado vai até a prefeitura pedir ajuda e, se arrecadar menos, não tem condições de fazer atendimento social", disse o presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC e prefeito de Monte Mor, Rodrigo Maia.
Veículo: DCI