Natal de 2016 foi o segundo pior dos últimos 13 anos

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São Paulo - A semana do Natal deste ano (18 a 24 de dezembro) apresentou o segundo pior resultado de vendas no comércio desde 2003, segundo pesquisa da Serasa Experian. O período teve recuo de 4% nas vendas em todo o País, na comparação com igual intervalo de 2015. De acordo com o levantamento, essa foi a terceira retração consecutiva das vendas do período natalino, já que em 2015 elas retraíram 6,4% e em 2014 viram queda de 1,7%. Para os economistas da empresa, a alta do desemprego, o crediário caro e a confiança do consumidor em patamar deprimido pesaram sobre os resultados.

Em linha com o desempenho visto pela Serasa Experian, um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FecomercioSP), baseado em dados da Boa Vista SCPC, apontou para uma contração de 4,8% nas vendas da semana que antecede o Natal, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado representa uma queda de R$ 2,1 bilhões, em relação ao desempenho visto em 2015. A pesquisa do Serasa apontou ainda para uma queda de 4,5% nas vendas do varejo paulistano, ante 2015.

 

Vendas a prazo
As vendas a prazo, feitas na semana do dia 18 ao 24 de dezembro, também apresentaram retração. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), houve um recuou de 1,46%, na comparação com igual período de 2015.

"O resultado negativo já era aguardado pelos lojistas e reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2016 em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do consumidor para se endividar", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a queda no volume de vendas parceladas se deu por um receio do brasileiro de assumir novas dívidas. "Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram por presentes mais baratos e geralmente pagos à vista", diz.



Comércio eletrônico
Um pouco melhores do que o visto no varejo como um todo, as vendas de Natal dentro do e-commerce tiveram um recuo de 2,7%, em termos reais, ante o mesmo período do ano passado, segundo dados da E-bit. As vendas do período natalino totalizaram R$ 7,7 bilhões. O tíquete médio, por sua vez, foi maior, fechando em R$ 463 - alta de 10,3% na comparação com o mesmo período de 2015. Já o volume total de pedidos ficou abaixo do ano passado (-5,9%), com 16,6 milhões de encomendas.

 



Da redação

 



Fonte: DCI - São Paulo

 

 

 


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