Brasília (Reuters) - A economia brasileira cresceu acima do esperado em setembro e fechou o terceiro trimestre com expansão de 0,58 por cento, em mais um sinal de recuperação gradual do país.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta segunda-feira, avançou 0,40 por cento em setembro sobre agosto, em dado dessazonalizado. A expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas era de alta de 0,34 por cento.
No segundo trimestre, sempre em números dessazonalizados, o IBC-Br apresentou alta de 0,39 por cento. Os dados oficiais divulgados pelo IBGE mostram que o PIB do Brasil cresceu 0,2 por cento entre abril e junho sobre os três meses anteriores.
O resultado mensal do IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, tem como pano de fundo resultados positivos da indústria e do varejo.
A produção industrial voltou a subir em setembro, enquanto as vendas varejistas foram puxadas sobretudo pelo setor de hipermercados. Somente o setor de serviços apresentou resultado negativo no mês, fechando o terceiro trimestre com perdas.
Na comparação com setembro de 2016, o IBC-Br apresentou ganho de 2,00 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses houve queda de 0,42 por cento, em dados dessazonalizados. O Brasil vive um processo de recuperação econômica gradual após dois anos de recessão, tendo como base inflação e juros baixos e retomada do mercado de trabalho, ainda que através da informalidade.
Fonte: Reuters