Realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Índice de Confiança do Consumidor (IC-SP) apontou a pior queda no clima de otimismo da população desde 2015. O indicador registrou 57 pontos em abril, recuo de 14 pontos ante ao mês anterior (71), puxado pelas incertezas macroeconômicas.
“A economia se recupera a passos lentos. A taxa de desemprego ainda é muito elevada. O desempenho industrial nos primeiros meses do ano foi fraco e esse setor tem forte peso na economia do Estado de SP. Tudo isso contribui para o maior pessimismo do consumidor paulista”, analisa o presidente da ACSP e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.
Futuro nebuloso
O balanço revela que aumentou a parcela dos consumidores paulistas que acreditam que a economia da região piorará nos próximos seis meses. Em março, esse percentual era de 23%, e em abril subiu para 27%. Ao mesmo tempo, o percentual de entrevistados que apostam numa melhora caiu de 23% para 16% na mesma base de comparação.
No mês passado, 71% dos entrevistados não estavam à vontade para realizar uma compra de médio porte, ante 67% em março, enquanto 79% não se sentiam seguros para uma aquisição de grande porte, como por exemplo casa ou carro, frente a 75% na mesma base de comparação.
Segundo o levantamento, o pessimismo generalizado do consumidor paulista se estendeu ao mercado de trabalho. Em abril, 67% estavam inseguros no emprego, ante 63% no mês anterior.
A pesquisa contempla todo o território paulista e é realizada a partir de entrevistas domiciliares, com margem de erro de três pontos. O índice varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo.
Fonte: DCI