O crescimento do comércio varejista deve ter avançado no mês de abril em relação a março deste ano. Divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo mostrou que as vendas de março, em comparação com as de fevereiro, cresceram apenas 0,3%, abaixo do avanço de 3,8% de fevereiro e de 6% em janeiro.
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para máquinas de lavar, fogões e geladeiras, e a recuperação do crédito são fatores que devem influenciar esse avanço, de acordo com o economista do IBGE, Reinaldo Silva Pereira. "Não posso dizer se vai melhorar ou não, mas se olharmos os efeitos da retirada de impostos da linha branca, pode ser que na pesquisa de abril tenhamos uma melhora", afirmou. Para ele, também apontam nesse sentido as altas consecutivas do indicador, depois das quedas no final de 2008, quando os efeitos da crise financeira se acentuaram.
Outro fator que deve puxar o crescimento é o fato de o feriado de Páscoa ter caído no mês de abril, não em março. Em 2008, a Páscoa e o aumento das vendas foram em março. Então, a base de comparação é maior, o que puxou o resultado de março para baixo, com crescimento de 0,3%. Segundo o IBGE, o setor de hipermercados e de lojas de departamentos, que tem forte movimento nessa data e pesam 57% na composição do indicador, registrou queda nas vendas de 2,2%, no mês. Em relação a fevereiro, as vendas cresceram em oito das dez atividades pesquisadas.
Veículo: DCI