A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou nesta quinta-feira (3) que, depois de dois aumentos seguidos, o índice de medo do desemprego caiu 1,1 ponto em setembro, na comparação com junho (levantamento anterior), e ficou em 58,2 pontos. A pesquisa foi feita com duas mil pessoas em 126 municípios, entre 19 e 22 de setembro.
Com isso, acrescentou a entidade, o indicador está 7,5 pontos abaixo do registrado em setembro do ano passado. Mesmo assim, continua acima da média histórica, que é de 50,1 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto mais alto o índice, maior é o medo do desemprego.
"O medo do desemprego diminuiu porque há uma melhora, modesta mas gradual, no mercado de trabalho. Isso aumenta o sentimento de segurança nas pessoas", avaliou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
De acordo com a CNI, a maior queda no medo do desemprego foi verificada entre as pessoas com menor escolaridade e renda. Entre os que têm até a quarta série do ensino fundamental, informou a entidade, o indicador caiu 5,4 pontos e saiu de 65,1 pontos em junho para 59,7 pontos em setembro. Entre os que recebem até um salário mínimo, o medo do desemprego recuou 4 pontos, passando de 72,8 em junho para 68,8 em setembro.
Segundo o levantamento, o medo do desemprego é maior entre os moradores da região Nordeste, onde alcançou 69,7 pontos – a região foi a única a registrar aumento do medo do desemprego em setembro. O medo é menor no Sul, onde o indicador ficou em 47,7 pontos. No Sudeste, foi de 58,5 pontos e, no Norte/Centro-Oeste, de 49,3 pontos.
Satisfação com a vida
Ao mesmo tempo, ainda de acordo com a pesquisa, aumentou o chamado "grau de satisfação dos brasileiros com a vida".
O índice de satisfação com a vida alcançou 69 pontos em setembro, 1,6 ponto acima do de junho. O indicador, que ficou 3,1 pontos superior ao de setembro do ano passado, também está abaixo da média histórica de 69,6 pontos.
"A satisfação com a vida aumentou em todas as regiões do país. A satisfação com a vida é maior no Sul, onde alcançou 71 pontos. No Nordeste ficou em 68,1 pontos, no Sudeste foi de 68,8 pontos e, no Norte/Centro-Oeste, de 68,6 pontos", concluiu a entidade.
Fonte: G1 - Economia