O recuo no preço dos alimentos conteve a inflação sentida pelas famílias de menor renda no país durante setembro. No acumulado do ano, porém, a inflação foi ligeiramente mais pesada para os mais pobres, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) aumentou 0,02% em setembro e acabou 0,18 ponto percentual abaixo da taxa verificada um mês antes. O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de um a 2,5 salários mínimos mensais (R$ 465 a R$ 1.162).
O principal motivo da desaceleração do índice entre agosto e setembro foi a deflação do grupo alimentação (0,01% para -0,47%). Os alimentos constituem a maior despesa de uma família de baixa renda - no IPC-C1, respondem por quase 40% do índice geral. Outro grupo que colaborou foi habitação, cuja taxa caiu de 0,99% em agosto para 0,61% em setembro.
Em sentido contrário, houve aceleração no ritmo de alta, na passagem de agosto para o mês seguinte, de vestuário (-0,84% para 0,85%), despesas diversas (-0,19% para 0,26%), saúde e cuidados pessoais (-0,34% para -0,25%), e educação, leitura e recreação (0,03%.
Veículo: Valor Econômico