Tamanho padrão para roupas

Leia em 2min 40s

Mercado quer acabar com as diferenças de tamanho dentro da mesma numeração das peças

 

Quem nunca ficou na dúvida quando foi questionado sobre o tamanho de roupa que usa? Afinal, é muito comum no Brasil o manequim 44, por exemplo, ter tamanhos diferentes, dependendo do modelo - até agora, não existia no Brasil uma padrão bem definido para o vestuário.

 

Para mudar isso, a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), propôs uma norma de padronização que promete atender a reais necessidades do mercado de vestuário no país. Ou seja, o tamanho das roupas levará em conta o estilo de corpo do brasileiro e o tamanho P, M e G seguirão um padrão único.

 

Isso irá permitir, segundo Roberto Chadad, presidente da Abravest, uma economia e racionalização na produção. “será possível reduzir custos de 5% a 8%, uma vez que as empresas irão perder menos tecidos e o encaixe dos modelos será mais facilmente formado no computador. O valor final do produto tenderá a cair e quem ganhará é o consumidor.”

 

Após ter feito uma consulta pública com empresários, lojistas e consumidores, o vestuário infantil foi alvo de alteração da norma.Uma das principais mudanças é que o tamanho da roupa para crianças não levará mais em consideração a idade, e sim a estatura. Isso porque, de acordo com Chadad, hoje em dia, “as crianças crescem de maneira disforme”.

 

Além disso, para cada estatura, a empresa poderá levar em conta na fabricação 24 medidas do corpo. A medida facilitará as compras pela internet, pois o tamanho da roupa será especificado com mais detalhes.

 

A apresentação oficial das normas do vestuário infantil será feita no próximo dia 9 de dezembro e a intenção é que, até o final de novembro, aconteça a primeira reunião para decidir as novas regras do vestuário masculino e feminino. “Em janeiro, o fabricante já poderá fazer o produto dentro das normas e receberá uma etiqueta de qualidade da Abravest”, diz Chadad.

 

A estudante de direito Priscila Pimentel, além de consumidora, já trabalhou em loja e acha que a padronização irá gerar conflito. “As pessoas já se acostumaram com o estilo de roupa de determinadas lojas. Eu, por exemplo, tenho uma estrutura pequena e não sei se o tamanho P dessa nova regra me vestirá bem”, diz.

 

Para Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), no entanto, a padronização é necessária e dá ao lojista uma maneira mais clara e segura de vender o produto, além de diminuir as trocas, o que beneficia tanto o fabricante como o consumidor.

 

O QUE MUDA

O tamanho das roupas infantis não levarão mais em consideração a idade, mas a estatura da criança.

Os tamanhos P, M e G seguirão um padrão único, o que poderá diminuir as trocas.

Poderão ser usadas na complementação da modelagem 24 medidas, o que facilita compras online.

 

Veículo: Jornal da Tarde - SP


Veja também

Rhodia planeja investir US$ 200 milhões no Brasil

A companhia francesa Rhodia deverá investir US$ 200 milhões nos próximos três ou quatro anos ...

Veja mais
Após carrinhos de bebê, recall para berços

Depois da empresa britânica Maclaren anunciar o recall de 1 milhão de carrinhos de bebê nos EUA devid...

Veja mais
Produtores de árvores de Natal vendem direto ao consumidor

Programa da prefeitura paulistana quer melhorar ganhos de sitiantes de Parelheiros e também preservar mananciais ...

Veja mais
Para voltar a crescer, hipermercado fica com cara de shopping

Varejo: Para tornar imóveis mais rentáveis, redes abrem academias, praças de alimentaç&atild...

Veja mais
Unilever compra

A Unilever, segunda maior fabricante de bens de consumo do mundo, divulgou que ainda tem € 2 bilhões (US$ 3 ...

Veja mais
Sopa em lata

A fabricante das sopas Campbell divulgou ontem um resultado além do esperado para o primeiro trimestre de seu ano...

Veja mais
Segafredo Zanetti negocia participação na Café Damasco

A torrefadora italiana Segafredo Zanetti deverá fechar até o fim deste ano a compra de uma participa&ccedi...

Veja mais
Movidos a vitrines

Era outubro de 2008, a crise financeira espalhava-se mundo a fora, carregada de uma robusta e interminável safra ...

Veja mais
Supermercados elevam encomendas destinadas ao Natal

Valor adquirido da indústria aumentou 8% em MG.  Supermercados: o volume de compras para atender o per&iac...

Veja mais