O comércio varejista do Ceará em julho apresentou crescimento de 1% na receita nominal e ficou estável no volume de vendas. Os resultados estão acima da média nacional que foram respectivamente 0,5% e -0,2%
Vendas estáveis, mas receita crescendo: movimento do comércio tem sido puxado pela comercialização de eletrodomésticos e móveis (Foto: Dário Gabriel) O volume de vendas do comércio varejista do País de julho em relação a junho foi de -0,2%, interrompendo a seqüência de quatro meses de crescimento. O Ceará permaneceu estável e cresceu 1% na receita nominal, ficando acima da média nacional (0,5%). Na comparação com julho do ano passado, o Estado também obteve resultado positivo (11,4%), ocupando a 12ª colocação entre os estados brasileiros.
Na região Nordeste, o Ceará está na quarta posição, abaixo de Paraíba, Maranhão e Piauí. No acumulado do ano, o comércio cearense apresenta crescimento de 8,3% contra 10,6% do Brasil. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os destaques do comércio varejista do Ceará, no mês de julho, foram: material de construção (41,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (41,3%) e veículos e motos (34%). Além de também acumular resultados positivos no ano, o crescimento dessas atividades está acima da média nacional. O setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, por exemplo, teve resultado negativo (-1,7%) e no ano acumula 29,2% de crescimento. No Ceará, o acumulado do ano é de 54,7%.
Varejo
Na comparação de julho deste ano com julho do ano passado (série sem ajuste) no Brasil, todas as atividades do varejo obtiveram aumentos no volume de vendas. A atividade de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 19,6% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, proporcionou pelo segundo mês consecutivo o principal impacto na formação da taxa de desempenho do comércio varejista nacional, sendo responsável por 28% da magnitude desta.
No acumulado do ano a taxa foi de 18,6% e nos últimos 12 meses, de 16,6%. Segundo o IBGE, esses resultados, não só positivos como superiores à média estabelecida no varejo, continuam sendo explicados basicamente pela expansão do crédito, melhoria da massa de salários da população ocupada e redução dos preços dos eletroeletrônicos.
No Ceará, em igual período, a atividade móveis e eletrodomésticos cresceu 12,8% e acumula no ano crescimento de 13%. O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo no Brasil, com variação de 5,4% no volume de vendas em julho, sobre igual mês do ano anterior, foi responsável pela segunda maior contribuição à taxa global do varejo (24%). De acordo com os técnicos do IBGE, esse resultado, abaixo do comportamento médio do varejo, pode estar ainda refletindo o efeito da inflação sobre o consumo de produtos alimentícios. As variações acumuladas nos sete primeiros meses do ano foi de 5,8%. No Ceará o acumulado é negativo (-1,5%).
Veículo: O Povo - CE