Hypermarcas compra a Neo Química e cresce em genérico

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A Hypermarcas, empresa que é proprietária de um portfólio de 160 marcas dos segmentos de medicamentos sem prescrição médica, beleza e higiene pessoal, alimentos e limpeza, anunciou ontem a compra do Laboratório Neo Química, fabricante de medicamentos genéricos e isentos de prescrição, pelo valor de R$ 1,3 bilhão. A aquisição fortalece a presença da companhia no segmento farmacêutico. A Hypermarcas pretende lançar cerca de 150 produtos na área de medicamentos nos próximos três anos, com um investimento de R$ 50 milhões.

 

"Essa aquisição permite que a unidade de negócios Farma da Hypermarcas tenha o mais completo portfólio do mercado, com a divisão DM em medicamentos OTC [isentos de prescrição], divisão Farmasa em medicamentos de prescrição e, por fim, Neo Química em genéricos e similares", disse o presidente executivo da Hypermarcas, Claudio Bergamo, em comunicado. "Essa combinação fortalecerá as oportunidades de crescimento orgânico da unidade, com captura de sinergias em diversas áreas", completa.

 

Operação

 

O valor da aquisição foi de R$ 686,737 milhões e envolve a emissão de 17,5 milhões de ações da Hypermarcas, a serem subscritas pelos acionistas do Neo Química. A operação total está avaliada em cerca de R$ 1,3 bilhão. Ao final da transação, os controladores do Neo Química deterão 7,3% do capital total da Hypermarcas e participarão do controle da empresa.

 

A Hypermarcas convocará assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas para aprovar o negócio, em data ainda não divulgada. Em comunicado, a empresa afirma que a transação cria o terceiro maior laboratório de capital brasileiro e o quarto maior em operação no País.

 

Bergamo destacou que a opção pela aquisição de uma empresa do setor farmacêutico é em razão do potencial de crescimento existente nos próximos anos. "Vamos manter a estratégia de compras no setor fármaco e de higiene, que são os com maior potencial de crescimento", afirmou.

 

A Hypermarcas realizou, em julho, uma distribuição pública primária e secundária de ações da companhia, com captação bruta de R$ 793,5 milhões. Bergamo, no entanto, destacou que a compra da Neo Química será realizada sem a necessidade de novas captações. Segundo ele, a empresa mantém, neste momento, aproximadamente R$ 500 milhões em caixa.

 

Lançamentos

 

Para viabilizar os lançamentos, a companhia busca uma linha de R$ 30 milhões em financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e entrará com outros R$ 20 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Segundo Bergamo, os lançamentos serão nas linhas de medicamentos, com e sem prescrição médica, além de genéricos e similares.

 

Após a aquisição, o setor de medicamentos deve representar 40% do faturamento total da companhia. O setor de beleza e higiene pessoal deve responder por outros 40%. Já alimentos e higiene e limpeza devem contribuir com os 20% restantes.

 

Em relação à perspectiva de mercado, o professor do FGV Management, Domingos Pandeló, comenta que a fusão será benéfica para o mercado. "A concentração de mercado, neste caso, não é ruim. Cria-se uma empresa mais forte e com maior capacidade de competir no mercado, inclusive com players internacionais."

 

A empresa possui marcas como Assolan, Monange, Risqué, Benegrip, Apracur, Doril, Lisador, Engov, Gelol, Zero-Cal, Pom Pom, Olla e Bozzano.

 

A Hypermarcas anunciou ontem a compra do laboratório NeoQuímica, em uma transação próxima de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 686,737 milhões em dinheiro e o restante em ações da companhia. Desta forma, a Hypermarcas se fortalece no segmento farmacêutico, que passa a representar 40% do faturamento total da companhia, igualando-se à receita oriunda do setor de beleza e higiene pessoal - alimentos e limpeza respondem pelos 20% restantes. Dentro deste setor, amplia presença também o segmento de genéricos.

 

Além disso, a companhia, dona de um portfólio de 160 marcas, pretende lançar cerca de 150 produtos na área de medicamentos nos próximos três anos, com um investimento de R$ 50 milhões.

 

Para viabilizar os lançamentos, a companhia busca uma linha de R$ 30 milhões de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e entrará com outros R$ 20 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Segundo o presidente executivo da empresa, Claudio Bergamo, os lançamentos serão nas linhas de medicamentos com e sem prescrição médica, de genéricos e similares. "Essa aquisição permite que a unidade de negócios Farma da Hypermarcas tenha o mais completo portfólio do mercado, com a divisão DM, de medicamentos OTC [isentos de prescrição], a divisão Farmasa, de medicamentos por prescrição e, por fim, NeoQuímica, de genéricos e similares", disse.

 


Veículo: DCI


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