Clubes de compra decolam

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Modelo de descontos ganha milhões de sócios no País

 

Os clubes de compras, que oferecem produtos com descontos de até 80%, ganharam espaço no varejo virtual do País. A Brandsclub, uma das maiores desse mercado, espera atingir 1 milhão de associados no próximo mês. A concorrente Privalia, de origem espanhola, ampliou investimentos no Brasil, com planos de transformá-lo na sua maior operação mundial em dois anos. Na base da confiança dos empresários, está a expectativa de crescimento do número de consumidores no País. Segundo a consultoria E-bit, apenas um quarto dos internautas brasileiros (17 milhões de pessoas) compram pela internet.

 

A Privalia, que chegou ao Brasil em janeiro de 2009, recebeu em julho um aporte de 8 milhões de três grupos de investidores. Segundo a companhia, parte "considerável" desse valor será aplicado na operação brasileira. A empresa também tem negócios na Itália. "O potencial do mercado brasileiro é um dos maiores do mundo. Há uma base boa de usuários de internet que ainda não compram na rede", diz o diretor da Privalia, André Shinohara, executivo que fez carreira na Submarino e foi contratado para comandar a nova fase de investimentos.

 

O clube, hoje com 600 mil sócios, vende roupas, calçados, acessórios, eletroeletrônicos e produtos de decoração, cama, mesa e banho. Oferece de 50% a 70% de desconto nas vendas, que têm data e hora para acabar. Segundo Shinohara, outro motivo que justifica os investimentos no Brasil é a estrutura do varejo. Diferente dos Estados Unidos e Europa, os lojistas tradicionais têm poucos canais de desova de estoques. O outlet virtual seria uma opção para o problema.

 

O fundador da Brandsclub, Paulo Humberg, também aposta nesse "vácuo" para crescer. "Juntamos as duas pontas: os comerciantes, que precisam resolver seu problema de estoque, e o consumidor, que quer oferta", diz o empresário. O clube de compras, que ganhou 700 mil membros este ano, quer atingir 1 milhão de clientes no início de 2010. A expectativa é alcançar um faturamento de R$ 200 milhões em 2011.

 

"É um mercado que cresce mais do que o próprio e-commerce no Brasil", avalia Pierre-Emannuel Joffre. O francês radicado no Brasil fundou o clube Coquelux em julho de 2008. Foi neste ano, porém, que ele sentiu a adesão dos internautas brasileiros. Quer dizer, das brasileiras, que são maioria dos clientes. "A base cresceu significativamente, bem como os resultados de vendas", diz. Segundo ele, o número de eventos de compras quadruplicou em 2009. Hoje, são 48 por mês.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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