A um mês do aniversário da operação Ouro Branco deflagrada pela Polícia Federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está prestes a divulgar os resultados das análises coletadas junto às indústrias brasileiras de leite UHT.
De acordo com Luciana Meneghetti, chefe da divisão de inspeção de leites e derivados do Mapa, já são realizados rotineiramente, e em respostas às denúncias recebidas, testes microbiológicos e fisico-químicos, eles variam dependendo do tipo de produto a ser analisado. "As amostras colhidas pela Polícia Federal durante a operação Ouro Branco foram analisadas aqui no nosso laboratório e realmente foram detectadas substâncias estranhas. Depois dessa operação nós realizamos uma quantidade muito grande de análises. Elas já foram concluídas mas ainda não podem ser divulgadas", explica Meneghetti.
Ainda de acordo com ela, as empresas têm o direito da "contra-prova", e essa etapa também já foi concluída. Hoje o Mapa age em parceria com a Anvisa e o Departamento de Proteção ao Direito do Consumidor, daí a criação do CQUALI, Centro Integrado de Monitoramento do Leite. "As ações foram integradas para aumentar o controle sobre as empresas produtoras de leite, e os resultados vão poder ser acompanhados em breve pelo site do CQUALI".
De acordo com denúncia recebida pela Gazeta Mercantil, algumas indústrias de leite estariam adicionando água ao produto. Depois de diluído ele seria vendido nos supermercados com índices de extrato seco desengordurado abaixo daquele exgido pela portaria 370/97 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A chefe da divisão de inspeção de leites e derivados preferiu não comentar esta denúncia específica, mas admitiu a presença de substâncias estranhas na bebida brasileira.
Veículo: Gazeta Mercantil