O fim de Mappin e Mesbla não matou o modelo

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A falência do Mappin e da Mesbla no fim dos anos 90 encerrou a era de ouro das lojas de departamento no Brasil - diferentemente de outros países latino-americanos, como o Chile, onde esse formato de varejo ainda resiste. O vácuo deixado por Mappin e Mesbla foi rapidamente ocupado pelos hipermercados, como Carrefour, Extra e Walmart, e pelas redes especializadas em eletrodomésticos e móveis, como Casas Bahia, Ponto Frio e Magazine Luiza.

 

Mas esse modelo ainda não está totalmente morto. Ao vender uma diversificada lista de categorias, a Pernambucanas e a Lojas Americanas seguem, de certa forma, a tradição das lojas de departamento. Enquanto a Pernambucanas comercializa artigos para o lar, como vestuário, cama, mesa e banho e eletrodomésticos, a Americanas vende desde cosméticos a lingeries e bombons.

 

Consultores especializados em varejo avaliam que o colapso do Mappin e da Mesbla não deveria ser atribuído ao modelo de negócio em si mas à má gestão das duas grandes varejistas, que foram adquiridas pelo empresário Ricardo Mansur nos anos 90.

 

Os concorrentes souberam aproveitar a oportunidade. Uma parte dos consumidores, em especial aqueles com maior poder aquisitivo, preferiu migrar para o varejo especializado. A outra parte foi atraída pelos hipermercados e cadeias de eletrodomésticos, que oferecem preços mais baixos e melhores condições de pagamento.

 

Apesar dos arranhões à imagem, a marca Mappin foi comprada em leilão judicial realizado em dezembro pela Marabraz, por R$ 5 milhões. Os donos da rede de lojas de móveis são avessos à entrevista e não se sabe que fim darão ao nome. A Justiça impediu que Mansur usasse a marca Mesbla, cujo valor é avaliado em R$ 1 milhão, após uma tentativa de abrir um site com o nome da ex-varejista. A marca também terá de ir à leilão.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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