Estudo aponta que 41% da Geração Z afirmaram que ‘facilidade de compra é um fator extremamente importante’
O setor supermercadista está em constante mudança. Na pandemia da Covid-19 , por exemplo, muitos supermercados se reinventaram para continuar vendendo atendendo as famílias, enfrentado desafios logísticos e operacionais surgidos diante desta situação com por exemplo, a alta demanda de artigos de higiene e de limpeza.
Um outra mudança que vem contribuindo para um outro tipo de postura do varejo alimentar é a participação de compra constante da Geração Z. Composta por jovens adultos entre 18 e 26 anos, este público está chegando à vida adulta com atitudes e valores que podem ter implicações significativas para o mercado de consumo, visto que esta geração cresceu em um mundo marcado por eventos históricos significativos, incluindo a maior crise do século, que começou como uma questão de saúde e se transformou em uma questão social, ambiental e econômica.
Voltando no assunto da pandemia da Covid-19, de acordo com informações extraídas de um estudo de 20203 da Consumer Life da GfK, a primeira observação é que a Geração Z valorizou a segurança, a proteção da família e o aprendizado muito mais do que a Geração Y na mesma idade. Ao mesmo tempo, neste período, reduziram a importância de valores ligados ao “carpe diem”, como diversão, liberdade e até independência.
Mais pragmática e concreta, ela está mais preocupada em ter meios para garantir o seu futuro econômico. Isso se reflete em seu comportamento de consumo. Outra informação muito relevante é que, em 2023, 26% dos Z’s estavam pessimistas sobre seu futuro econômico, enquanto apenas 18% dos Ys sentiam o mesmo em 2014.
O que o varejo pode oferecer
Uma visão ampla de circularidade parece ser uma excelente opção para a indústria e o varejo, inclusive o alimentar.
O primeiro passo é oferecer transparência sobre as escolhas que o potencial comprar irá tomar, ao escolher aquele produto ou marca: qual a sua relação com os fornecedores, para que consiga esse preço? Qual o nível de gasto de recursos para que ele tenha essa performance?
O segundo passo é promover opções diferentes de aquisição e uso do produto. Como por exemplo modelos de assinatura, que reduzem a compra por impulso, ou mesmo cobrança apenas pelo efetivo uso (ou aluguel) de bens ou serviços, terão natural apelo a essa Geração.
Finalmente, colaborar ativamente para a circularidade, será cada vez mais valorizado.
Incentivar a troca de produtos com reciclagem dos anteriores, gerar reparos dos produtos e oferecer garantia, bem como vender bens de “segunda mão”, mas revisados pelos fabricantes ou lojas, são exemplos de como atender a essa necessidade intrínseca.
Conscientização
Os processos de compra da Geração Z são mais exigentes e informados. Ainda de acordo com o estudo, 3, 38% dos Z’s dizem que “ter menos opções facilita minha escolha de compra”, um número maior que os 34% dos Y’s. Já 41% dos Z’s afirmaram que “facilidade de compra é um fator extremamente importante para a compra”, 2 pontos percentuais a mais que os Y’s. E apenas 8% dos Z’s consideram que “agora é um bom momento para se comprar”, enquanto 65% dizem que “é momento para se esperar”.
Outras preocupações
Ainda de acordo com informações extraídas de estudo de 20203 da Consumer Life da GfK, esses jovens demonstram uma preocupação maior com a questão ambiental, sendo a poluição ambiental a 8ª maior preocupação e a mudança climática a 6ª.
Três elementos são importantes quando se fala da Geração Z : a frugalidade, a consciência ambiental ampla e os valores da Geração Z, além de ter realizado diversas análises sobre a Geração Y (os Millenials).
A saber, esse é um estudo realizado todos os anos, com pessoas que tem acesso online, já que a entrevista é respondida em computadores, tablets ou smartphones.
A Geração Z também está mais preocupada com questões ambientais. A poluição ambiental é a 8ª maior preocupação e a mudança climática é a 6ª, enquanto os Y’s as colocam na 11ª e 9ª posição, respectivamente. Além disso, 71% consideram atualmente que “as marcas precisam ser ambientalmente corretas”, um número que era de 59% há 10 anos.
Comparando com as outras três gerações, os Y’s, X e Baby Boomers, os Z’s são os que menos afirmam reciclar, economizar água e energia, além de comprar somente o necessário para reduzir o desperdício.
Essas tendências apresentam desafios significativos para fabricantes e varejistas. A Geração Z é mais informada, mais consciente e mais frugal em seu comportamento de consumo.
Eles valorizam a simplicidade e a facilidade de compra, mas também estão preocupados com questões ambientais e sociais.
Redação SuperHiper