Atacadistas com vendas aquecidas

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Resultados no 1º bimestre superaram expectativas e foram até 17% maiores que mesmo período de 2009.

 
O segmento atacadista distribuidor de Minas Gerais já começa a sentir os reflexos da retomada da atividade econômica no Estado, segundo representantes do setor ouvidos pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. Os resultados obtidos no primeiro bimestre superaram as expectativas dos empresários e foram até 17% maiores do que os registrados no mesmo período de 2009.


De acordo com o diretor comercial da Tecidos e Armarinhos Miguel Bartolomeu S/A (Tambasa Atacadista), Alberto Portugal Milward Azevedo, a ampliação do crédito é o principal fator que tem estimulado o consumo e alavancado as vendas. "O desempenho dos primeiros meses do ano foi bastante satisfatório. Conseguimos aumentar em 17% o que foi vendido nos meses de janeiro e fevereiro do ano passado", disse.


Ainda conforme Azevedo, os materiais de construção têm sido os principais responsáveis pelo aumento da demanda, em virtude do aquecimento do setor de construção civil. "O mercado como um todo está respondendo muito positivamente ao nosso setor, mas principalmente na área de construção. Para se ter uma ideia, os materiais são responsáveis por 54% das vendas", informou.


Para o acumulado do ano, o diretor estima crescimento nos negócios de pelo menos 12% frente aos realizados em 2009. Segundo ele, é notável o aquecimento do mercado, o que aponta para um exercício promissor. Além disso, a empresa, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), pretende investir na ampliação da capacidade de armazenamento. Atualmente, o armazém possui 63 mil metros quadrados de área. A expectativa é chegar a 93 mil metros quadrados. O valor do aporte não foi revelado.


A Tambasa atua em todo o território nacional e é responsável por 1,5 mil postos de trabalho, além de 400 motoristas autônomos. A atacadista também conta com 1,8 mil representantes comerciais no país.


A Mart Minas Distribuição Ltda também registrou incremento nos negócios nos primeiros meses de 2010. Conforme o diretor comercial e de marketing da empresa, Antônio Celso Azevedo, o grupo está em franca expansão. "Considerando o mesmo número de lojas que tínhamos nessa época do ano passado, tivemos um incremento de 15% nas encomendas. Agora, se levarmos em consideração também as outras três que foram inauguradas de lá pra cá, dobramos o faturamento", ressaltou.


Atualmente o grupo possui seis unidades em Minas Gerais e planeja chegar ao final deste ano com 10 lojas no Estado. Segundo Azevedo, em fevereiro foi inaugurada a maior unidade da Mart Minas, em Contagem, situada em um terreno, às margens da Via Expressa, de 12 mil metros quadrados, com área de vendas de 7 mil metros quadrados. O empreendimento demandou investimentos da ordem de R$ 10 milhões. Além disso, está prevista para a próxima semana a abertura de uma filial em Uberaba, no Triângulo Mineiro.


"O empreendimento terá o mesmo perfil da loja da cidade da região metropolitana e o investimento terá valores semelhantes", revelou. A loja será erguida em um terreno de 15 mil metros quadrados e possuirá uma área construída de 8 mil metros quadrados. A expectativa é de que a unidade gere 120 empregos diretos e 130 indiretos.


O diretor informou ainda que, em virtude da abertura de uma loja em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em dezembro do ano passado, e após a inauguração das demais unidades no primeiro semestre de 2010, a rede atacadista vai, pelo menos, dobrar o faturamento de 2010 em relação ao de 2009.


Além da sede em Contagem, o grupo possui filiais na Capital, em Divinópolis (Centro-Oeste), Governador Valadares (Vale do Rio Doce) e Juiz de Fora (Zona da Mata). Atualmente a rede possui um quadro de mil funcionários e um mix de 10 mil itens, dos quais o carro-chefe das vendas é a linha de perecíveis, que responde por cerca de 35% do total de mercadorias comercializadas.


Concorrencia - Já de acordo com o diretor da Nasa Distribuidora Ltda, que possui duas unidades em Contagem, Ronan Soares de Oliveira, apesar de os primeiros meses do ano serem, tradicionalmente, aquecidos para o setor, os negócios efetuados no primeiro bimestre de 2010 foram pouco acima dos registrados no mesmo período do exercício anterior.

"Tivemos um aumento de 4% nas vendas frente aos mesmos meses de 2009. Isso aconteceu porque o mercado mineiro está sofrendo com a alta tributação e a decorrente entrada de atacadistas de outras regiões do país", explicou.


No entanto, as perspectivas de Oliveira para o decorrer do ano seguem positivas, já que o segmento não sofreu muito com a queda no volume de vendas e inadimplência em virtude da crise financeira. "Se em meio ao desaquecimento econômico nós conseguimos manter os negócios positivos, em tempos de recuperação da economia as vendas tendem a ser muito maiores", apostou.


A empresa, que está no mercado desde 1999, gera aproximadamente 300 postos de trabalhos, divididos entre diretos e indiretos, e possui um mix de mais de 4 mil produtos.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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