A fusão entre Casas Bahia e Ponto Frio teve ao menos um efeito colateral imediato: o cancelamento dos planos de expansão das companhias. O Grupo Pão de Açúcar, proprietário das empresas, terá de esperar o aval final do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para fazer grandes mudanças. A expectativa da maior rede de varejo do país é unir as boas práticas das duas gigantes de eletroeletrônicos e conseguir ganhos de ao menos R$ 2 bilhões. A operação logística é uma das áreas que deve passar por maior racionalização. Outras sinergias serão feitas com a integração dos centros administrativos e de tecnologia, além das parcerias com fornecedores, ganhos de escala em propaganda e serviços financeiros. Mas a maior parte destes planos terá de esperar ao menos um ano, até a decisão do Cade, para sair do papel. O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, afirmou no início deste mês que, conforme acordo estabelecido com o Cade em fevereiro, o processo de fusão das empresas está sendo posto em prática, sempre respeitando o princípio da reversibilidade. Isto é, as mudanças não podem comprometer a estrutura das empresas, inclusive, estão proibidas demissões. Diniz reiterou que a Casas Bahia não é uma empresa que trabalha mal, e por isso não precisará passar por reestruturação. Diferentemente do Ponto Frio — “que estava afundando” quando foi comprada, nas palavras do empresário.
Veículo: Brasil Econômico