Visa quer acelerar expansão no país

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No escopo da estratégia global da Visa Inc. de ganhar diversidade geográfica e extrair 50% das suas receitas fora dos Estados Unidos até 2015, o Brasil terá papel de destaque. O chamado plano brasileiro de aceleração do crescimento foi aprovado pelo "board" da bandeira sem ressalvas e o país receberá grande parte dos investimentos orçados para a área que abrange América Latina e Caribe nos próximos anos. Com 220 milhões de cartões no país, 12% da base da Visa no mundo, os eventos Copa do Mundo e Olimpíada reforçam o foco numa geografia já privilegiada pela baixa penetração dos cartões no consumo privado, segundo o diretor geral da Visa no Brasil, Ruben Osta.

 

"A intenção é trazer o Brasil para uma posição mais relevante", diz. A taxa local de uso dos meios eletrônicos de pagamento chega a 23% dos gastos do brasileiro. Só pela bandeira passam 11,1%, mas a ideia é ganhar fatias de mercado em cima da principal concorrente, a MasterCard e manter a liderança mesmo que novas bandeiras passem a atuar no país - o fim da exclusividade da Visa com a credenciadora Cielo, a partir de julho, deixa esse caminho aberto.

 

Em reunião com investidores no início de março, Osta comentou que a subsidiária brasileira detém um "market share" de 59% e que uma das frentes de atuação seria a ativação de cartões com a dupla função débito e crédito - uma base de 35 milhões -, mas que hoje só são usados para saques nos canais de autoatendimento dos bancos emissores.

 

No curto prazo, os esforços de marketing serão dirigidos aos cartões Infinity e Platinum, que integram o topo da pirâmide. Na baixa renda, Osta confirma ter recebido encomenda da Caixa Econômica Federal para desenvolver um projeto de pré-pago para beneficiários do Bolsa Família e outros programas governamentais em que a instituição atua como agente financeiro. Ressalva que ainda não há um prazo para que saia do papel ou garantia de que será levado adiante. Procurada, a Caixa informou que não se manifestaria sobre o tema.

 

Com os eventos esportivos em perspectiva, uma das apostas da bandeira será a expansão do "Passfirst", sistema de compra de ingressos pela internet em que o próprio cartão serve para liberar a entrada do espectador. Presente em 10 estádios de futebol, o sistema rendeu a venda de 312,3 mil bilhetes no ano passado, 80% mais do que em 2007, e a ideia é de que até a Copa, todos os estádios sede estejam habilitados. A Fifa já teria encampado a ideia.

 

Veículo: Valor Econômico


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