Desafio do leite é entrar na bolsa

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Um dos grandes desafios da pecuária brasileira é inserir o leite na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F). “Nós produzimos sem olhar tendências de lugar algum, sem saber quanto vamos vender e o valor”, afirmou ontem o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim durante o 11º Congresso Panamericano do Leite que segue até amanhã em Belo Horizonte. Segundo ele, já foram feitas duas tentativas de listar o leite na bolsa de valores, mas ainda sem sucesso. “Tem que haver demanda para compra futura”, acrescenta.

 

Sexto maior produtor mundial de leite, com quase 30 bilhões de litros anuais, o Brasil deve ter um ano melhor para o setor se comparado a 2009, quando a produção caiu 1,3% depois de vários resultados sucessivos de alta. “Até porque não poderia ser pior, mas não será tão bom quanto 2007”, avaliou Alvim. Um dos grandes potenciais de crescimento está no próprio mercado interno, que hoje consome 142 litros ao ano por habitante. “O consumo está deprimido e corresponde a quase metade de outros países”, avalia o presidente da comissão.

 

Com um déficit de US$ 98 milhões no ano passado no setor lácteo, o Brasil voltou a ter balança comercial desfavorável, depois de seis anos como superavitário. Apesar de já começar 2010 mal, com déficit de US$ 7,83 milhões na balança comercial em janeiro e US$ 7,85 milhões em fevereiro, o consumo deve crescer cerca de 9% no ano. “Se a população e a renda crescem, o efeito na demanda é imediato. A previsão é de que este ano a população urbana supere a rural e com mais gente na cidade, maior será o consumo”, avalia Vicente Nogueira Netto, presidente da Federação Panamericana do Leite (Fepale).

 

Um dos primeiros sinais de melhoria do cenário atual é a elevação do preço do leite no mercado internacional, passando de US$ 1,6 mil por tonelada em março do ano passado para US$ 3,2 mil atualmente. “A tendência este ano é de que o preço flutue entre US$ 3,4 mil e US$ 3,5 mil. Mas ainda não é o suficiente para suprir os custos de produção”, avalia Alvim. Hoje, a remuneração está em torno de R$ 0,60 a R$ 0,65 enquanto os custos oscilam entre R$ 0,70 e R$ 0,75.

 

Veículo: O Estado de Minas

 


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