A Copa do Mundo da África e as eleições para presidente da República, governador, senador, deputados federal e estadual darão suporte ao crescimento da Indústria de Bolas Titan Ltda (Titan), com unidade fabril em São João del-Rei, nos Campos das Vertentes. A previsão da empresa para 2010 é expandir em 50% a produção de bolas na comparação com 2009.
Para a sócia-proprietária da Titan, Jacqueline Almeida, a empresa não deverá encontrar dificuldades para alcançar o índice previsto, já que é comum em ano de disputa eleitoral e de grandes eventos esportivos um salto na demanda pelos produtos.
"Além do acréscimo no número de pedidos provenientes das lojas de material esportivo, os postulantes a um cargo público irão ajudar a incrementar os negócios, uma vez que muitos candidatos compram bolas para oferecer aos eleitores. Diante disso, a produção deverá saltar de 4 mil bolas/mês para 6 mil bolas/mês", previu. A capacidade instalada da planta de São João del-Rei é de 96 mil bolas/ano, cerca de 8 mil bolas/mês. No momento, a fábrica opera com 50% de ociosidade.
Ainda de acordo com Jacqueline Almeida, o bom momento por que passa a Titan também está atribuído aos contratos fechados com os governos federal e estadual que, juntos, respondem por 85% do faturamento anual da empresa. No momento, a empresa possui 12 contratos em execução e, até dezembro, outros 10 deverão ser fechados.
"A crise passou desapercebida pela Titan. Conseguimos fechar 2009 com um incremento de 12% na receita em relação a 2008. Para 2010, a previsão é crescer entre 20% e 25% ante o resultado de 2009." Por questões estratégicas o faturamento não foi revelado.
A demanda do Nordeste do país responde por 20% dos negócios da Titan, enquanto Minas Gerais detém 15% de participação. O restante é negociado para os demais estados.
Em função do aumento na demanda, novas contratações para 2010 já estão previstas. Segundo a empresária, o parque industrial da Titan - onde trabalham 22 colaboradores - sofrerá incremento entre 30% e 40% no quadro funcional no início do segundo semestre. "Temos que fazer estoque para atender à demanda das eleições", finalizou Jacqueline Almeida.
Veículo: Diário do Comércio - MG