Indústria recalcula preço para repassar alta de custo

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Fabricantes de eletrodomésticos já começam a atualizar as tabelas de preços para este mês em resposta ao aumento da cotação do aço, provocado pelo reajuste do minério de ferro. A Latina Eletrodomésticos, por exemplo, com fábrica em São Carlos, no interior de São Paulo, planeja uma aumento de 6% a 8% nos preços das lavadoras de roupas semiautomáticas, dos purificadores de água e bebedouros a partir do dia 20 deste mês.

 

Segundo o presidente da companhia, Valdemir Dantas, o reajuste de preços dos produtos resulta da elevação dos custos dos componentes de aço e da subida das cotações das resinas plásticas, como o polipropileno, usado no gabinete dos eletrodomésticos. Os fabricantes de resinas já sinalizam elevação de 21% do preço este mês. "Fomos surpreendidos por esses aumentos de custos", diz o executivo.

 

O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, diz que, "se houver aumento no preço do aço, ele deve ser repassado para os eletrodomésticos", mas não faz menção a porcentuais de aumento. Entre os eletrodomésticos de grande porte, o aço pesa 85% no custo do fogão. "Só os botões não são de aço, mas de plástico", exemplifica o executivo. No caso da geladeira e da máquina de lavar, a participação do insumo é bem menor.

 

Ontem a Usiminas, uma das gigantes do setor siderúrgico, confirmou, por meio de comunicado, " que está alterando os preços-base de referência de seus produtos em geral, entre 11% e 15%". Os reajustes variam de acordo com negociações específicas fechadas com cada cliente e os novos preços valem a partir deste mês. A companhia, que é grande fornecedora de aço para as montadoras de veículos, alega que o aumento do preço do insumo se deve ao reajuste do preço do minério de ferro.

 

A Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que representa a indústria automobilística, vê com preocupação o repasse do aumento do minério de ferro para o preço do aço.

 

Depois da construção civil, os fabricantes de veículos são os maiores consumidores de produtos siderúrgicos do País. Num automóvel, o aço é uma das matérias-primas mais importantes na formação de custos, diz a entidade do setor automotivo.

 

Veículo: O Estado de São Paulo


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