Plástico verde é o novo apelo para a indústria de embalagens no País

Leia em 2min

O 13º. Congresso Brasileiro de embalagem, promovido pela Associação Brasileira da Embalagem (Abre), que acontece até hoje na sede da Fecomércio, em São Paulo, revelou que a palavra de ordem dessa indústria, que deve movimentar, em 2008 R$ 34,7 bilhões, é sustentabilidade. Duas das maiores empresas do setor petroquímico, que participam do evento dedicado ao setor de embalagens, a Dow Química e a Braskem, levaram suas novidades em tecnologia para embalagens, é o polietileno linear (Dow) e o polietileno verde (Braskem), um tipo de plástico que é produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar, no lugar do petróleo.

 

Segundo a gerente de desenvolvimento de mercado da Dow, Fabiana Teixeira, o produto é o de baixa densidade linear, ou seja, poderá ser utilizado para embalagens flexíveis em diversos setores. A joint venture que a empresa formou com a usina Santa Elisa proporcionará uma produção anual estimada de 350 mil toneladas do produto, a partir de 2011. Ela destaca que a fábrica ainda tem local definido para ser levantada, mas que será necessária uma infra-estrutura com fazendas para o fornecimento da cana e rodovias para o escoamento da produção, que deve atender a cerca de 1% da demanda por polietileno no Brasil.

 

"O objetivo é proporcionar uma alternativa que agregue valor ao produto de nossos clientes, é um novo nicho de mercado que, em tempos de conscientização ambiental, a Dow deseja crescer", indica a executiva.

 

A escolha pelo etanol da cana-de-açúcar para o "plástico verde" proporciona maior produtividade em relação às outras fontes. É o que revelou a gerente de conta do projeto polietileno verde da Braskem, Leonora Novaes. Em sua apresentação no congresso, ela descreveu o processo de desenvolvimento do produto, que começou em 2006 e que desde 2007, produz 12 toneladas do polietileno em uma planta piloto. Porém, o plano para 2010 inclui uma planta industrial que deverá produzir 200 toneladas anualmente, resultado de um investimento estimado entre US$ 240 a US$ 270 milhões. A meta da empresa é de produzir o polietileno verde de baixa e alta densidade, fato que, segundo ela, aumentaria a abrangência de aplicação desse produto para quase todas as conhecidas atualmente.

 

Apesar desses investimentos em novos produtos e tecnologias, o presidente da Ibema, Rui Brandt resume a certeza do setor quanto à presença do papel nas embalagens, "nunca deixará de ser utilizado".

 

Veículo: DCI


Veja também

Brasil tem primeira unidade armazenadora certificada

O Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras certificou, nesta semana, a primeira unidade,...

Veja mais
Brasil avança na exportação de lácteos

O Brasil deverá aumentar a comercialização de produtos lácteos para o México, princip...

Veja mais
Brasil já é o terceiro maior no embarque de cosméticos

Apesar de configurar em terceiro lugar no ranking mundial de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria - atr&aacut...

Veja mais
Indústria mineira de sorvetes projeta crescer 20%

Estado conta com a segunda maior concentração de empresas do segmento do país, com um total de 852 ...

Veja mais
Sorvete com gelatina proporciona mais sáude

Há cinco anos, exatamente no dia 23 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Sorvete, data institu&iacu...

Veja mais
Parceria entre Solae e Senomyx obtém sucesso no aprimoramento do sabor da proteína de soja

St. Louis e San Diego, EUA – A Solae, líder no fornecimento de proteína de soja para produtos alimen...

Veja mais
Linha Levittá sementes ganha novo produto

Banana Brasil lança Levittá Sementes Gergelim e Quinoa.   Referência nacional em produtos par...

Veja mais
Dia de Sorvete

Atacadistas locais comemoram o aumento nas vendas desses produtos nesta época do ano.   Poucos sabem, mas ...

Veja mais
Pecuária leiteira perde com excesso de produção

Para o Silemg, a cadeia esperava um aumento na demanda mundial.   A crise que afeta o setor leiteiro foi causada...

Veja mais