Novas telas dão força à Sony Ericsson

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A Sony Ericsson surpreendeu ao anunciar, na sexta-feira, que voltou a ter lucro trimestral. Cortes de custos e o lançamento de telefones celulares com tela sensível ao toque ajudaram a melhorar o desempenho da empresa no primeiro trimestre. Ainda assim, a problemática fabricante de telefones viu as vendas caírem 19%, para € 1,4 bilhão, no período.

 

O preço médio de venda dos aparelhos, contudo, aumentou de € 120, há um ano, para € 134, depois de a empresa concentrar-se em modelos de alto padrão.

 

O lucro líquido somou € 21 milhões, primeiro resultado positivo em seis trimestres. No mesmo período de 2009, a empresa havia registrado prejuízo de € 293 milhões. A previsão dos analistas era de um prejuízo de € 157 milhões.

 

A Sony Ericsson foi duramente atingida pelo mau momento econômico do ano passado e por não ter conseguido reagir com rapidez suficiente à demanda dos consumidores por telefones inteligentes com telas sensíveis ao toque. Sua participação no mercado mundial caiu de 5% para 4% nos últimos 12 meses.

 

Recentemente, no entanto, a empresa começou a vender um telefone baseado no sistema operacional Android, do Google, e outro aparelho com tela similar ao do iPhone, da Apple. Os dois lançamentos foram bem recebidos no mercado.

 

O presidente da Sony Ericsson, Bert Nordberg, afirmou que os resultados no resto do ano permanecerão no patamar do primeiro trimestre, com receitas e despesas quase equiparadas. O executivo traçou como meta atingir margem operacional de 10%, frente à atual, de 1,4%.

 

Nordberg continua cauteloso quanto às perspectivas do setor, em contraste com rivais como a Nokia, cuja previsão é de que o mercado vá crescer 10%. " Estou cauteloso em relação ao crescimento econômico. Viajo muito e a classe executiva não está ocupada nos aviões; tenho visto os navios parados no porto de Hong Kong esperando por carga. A recuperação é bastante lenta " , disse.

 

A empresa detectou pequenas melhorias nas vendas na América do Norte no primeiro trimestre, depois de vários períodos com quedas pesadas. Os Estados Unidos são o mercado mais fraco da Sony Ericsson e Nordberg tem feito da recuperação das operações no país uma prioridade para a companhia.

 

A fabricante de celulares, um empreendimento da japonesa Sony e da sueca Ericsson, vem cortando custos de forma agressiva desde meados de 2008. Até o fim de março, a força de trabalho havia sido reduzida em 3.150 pessoas, para um total de 8.540 funcionários.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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