Com base grande, crescer dois dígitos é grande desafio

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Mercado brasileiro de beleza já é o terceiro maior do planeta, atrás apenas dos EUA e Japão

 

Em 2010, a Avon Brasil planeja crescer dois dígitos no Brasil. Embora pareça um dado comum para um setor que não sofreu com a crise e que avança anualmente, o desafio de Luis Fernando Miranda, presidente da companhia no país, será enorme. A explicação é sua grande base de clientes. Hoje, ele afirma que a Avon é líder em perfumaria (em volume), em maquiagem (com exceção de esmaltes) e em cremes anti-idade. “A cada três batons vendidos no país, dois são da Avon. A cada dois anti-idades, um também é nosso, o Renew”, diz.

 

O executivo não detalha quanto exatamente quer crescer percentualmente, mas diz estar otimista, apesar da concorrência que avança no país. “O Brasil está cada vez mais atrativo para investir. É o terceiromercado de beleza do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e o Japão. A partir de benefícios como tamanho, aumento de poder aquisitivo e oferta de um alto retorno de investimento, o país tende a atrair cada vezmais concorrentes”, afirma.

 

Uma das principais vantagens do mercado nacional em relação a outros países, segundo Miranda, é queoBrasil é sustentável e consistente. Nos últimos cinco anos, as vendas de produtos de higiene pessoal e beleza cresceram dois dígitos e nem a crise foi suficiente para abater fabricantes e varejo.

 

Com o aumento da competição, sua estratégia para não perder participação e, ao mesmo tempo, ampliar a base, está baseada em inovação, do modelo de negócios e da relação de suas revendedoras com as clientes. Os investimentos em publicidade, amostragem e treinamento também continuam em 2010, que Mirandamantémsob sigilo.

 

Em relação a lançamentos, a Avon promete novidades em fragrâncias, maquiagens e cremes faciais. O mercado de perfumes e colônias no Brasil avança, principalmente entre as classes emergentes. A estratégia, neste caso, é a da “redemocratização da beleza”. Miranda diz vender tanto para a mulher da classe A, que “confia namarca e sabe que não precisa pagar mais por um bom produto”, quanto na C e D, “que encontra na Avon tudo que precisa”.

 

A empresa promete a entrada em novas categorias, a exemplo do que fez recentemente com tintas de cabelos e sabonetes íntimos, mas não antecipa os produtos nem as áreas. Seu carrochefe, no entanto, ainda é a linha de maquiagem, seguida por outras categorias como cremes faciais e fragrâncias.

 


Os homens, com a onda dos metrossexuais, também têm se tornado clientes cativos damarca, a partir da oferta de itens como desodorantes e até mesmo cremes da marca Renew. Não existe uma versão masculina deste item para o rosto, mas Miranda assegura que muito homem pede para a mulher comprar. “Eles não admitem, mas usam.”

 

Veículo: Brasil Econômico


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