As negociações entre executivos e advogados do Grupo Pão de Açúcar (GPA) e da Casas Bahia caminham a passos lentos, mas já apresentam evolução, diz pessoa ligada às conversas. No início da semana o GPA se mostrou mais propenso a aceitar a reivindicação de aumentar o valor dos aluguéis das mais de 500 lojas da família Klein; o valor acordado em dezembro era de R$ 130 milhões, porém deve chegar a R$ 200 milhões. Outro ponto cobrado por Michel Klein é a possibilidade de diminuir o prazo para que eles vendam sua participação na rede; hoje eles precisariam de seis anos, mas os donos da Casas Bahia querem antecipar isso em pelo menos um ano.
De acordo com os negociadores, ainda não há consenso; portanto, todas as possibilidades devem ser consideradas. "Pode tudo: desde um acordo, até uma disputa judicial", disse a fonte.
Outro ponto a ser definido é a questão da governança da nova empresa. Pelo acordo, a presidência ficará com Raphael Klein. Porém, das nove cadeiras do conselho da empresa, cinco ficariam com pessoas ligadas a Abílio Diniz, e quatro, nas mãos da família Klein, fato que os alijaria de qualquer decisão do grupo.
Veículo: DCI